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Bispos alertam para o “aumento da criminalidade e da violência” em Angola

Bispos católicos angolanos alertaram esta Quinta-feira para o “aumento da criminalidade e da violência” no país, sobretudo nas cidades, bem como da mentalidade feiticista, pedindo mais esforços às forças de segurança para protecção das comunidades.

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A preocupação dos bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) consta do comunicado final da I Assembleia Plenária Anual que encerrou em Luanda. 

Além de registarem o “aumento da criminalidade e da violência" com “grande incidência” em instituições religiosas​​​​​​​, apelando a um esforço redobrado das forças de segurança "para uma melhor protecção das comunidades”, os bispos apontam também para o crescimento, em Angola, da mentalidade feiticista.

Dizem também existir uma degradação geral do sistema de ensino, o que “exige, com urgência”, uma “melhor formação e valorização” do professor bem como a melhoria das condições de ensino e aprendizagem.

Segundo o porta-voz da CEAST, Belmiro Chissengueti, que apresentou o documento, em conferência de imprensa, da leitura dos relatórios das dioceses angolanas sobressaíram também a necessidade de se “disseminar” o ensino pré-escolar, nas capitais provinciais e municipais.

Os bispos lamentam o “acentuado desemprego, que está a provocar a fuga de muitos jovens para o exterior”, da pobreza e da consequente crise social e defendem ainda “urgência” de formação ecológica nas comunidades, de forma a se reduzir os danos ambientais provocados pelas queimadas e pelos plásticos.

Os prelados saudaram igualmente o executivo pela construção de estradas, sobretudo secundárias e terciárias, criticando, no entanto, a fraca durabilidade e ausência de fiscalização.

Em relação ao acordo-quadro entre o Estado angolano e o Vaticano, em 2019, os bispos exortaram as dioceses, paróquias e congregações religiosas a acelerarem o processo de aquisição de personalidade jurídico-civil junto da Conservatória dos Registos Centrais. 

Sobre a vida da igreja angolana, admitiram haver necessidade urgente de se trabalhar afincadamente na busca da auto-sustentabilidade das paróquias e das dioceses por meio da formação do clero, dos religiosos e ecónomos em economia e gestão. 

Defenderam ainda maior envolvimento das dioceses angolanas e das paróquias na mobilização dos jovens a participarem na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, instando cada diocese a inscrever e patrocinar pelo menos um ou dois delegados ao evento de Agosto próximo. 

O conclave, que decorreu entre 9 e 16 de Fevereiro, em Luanda, aprovou igualmente o programa da Semana Social a ter lugar em Luanda entre 19 e 21 de Julho próximo e a estrutura da mensagem pastoral para o terceiro ano do Triénio da Criança intitulada “A Integração da Criança na Igreja e na Sociedade” (2023-2024).

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