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Doentes com tumores da hipófise vão ser tratados no país

Os doentes com problemas de tumores da hipófise vão beneficiar de tratamento médico nas unidades hospitalares do país. O anúncio é de Sílvia Lutucuta, ministra da Saúde, que disse já não haver necessidade de os doentes se deslocarem ao exterior do país devido ao facto de terem “profissionais competentes e capacidade técnica para o diagnóstico e tratamento pós-operatório”.

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"Já não haverá necessidade dos doentes deslocarem-se para o exterior do país, porque temos profissionais competentes e capacidade técnica para o diagnóstico e tratamento pós operatório", disse a titular da pasta da Saúde, citada numa nota do Ministério da Saúde, a que o VerAngola teve acesso.

A hipófise, explica a tutela, diz respeito a uma "glândula localizada na base do cérebro, chamada de 'glândula mestra' por ter a função de produzir hormônios que controlam o funcionamento de outras glândulas".

Já sobre a campanha massiva de cirurgias, acrescentada a nota, a ministra indicou a província de Cabinda "como um dos locais abrangidos para a segunda fase da campanha devido a capacidade técnica que o Hospital Geral de Cabinda possui".

Assim, a campanha na referida província contará com profissionais das equipas de neurocirurgia do Complexo Hospitalar Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, para a concretização de cirurgias de alta complexidade.

A ministra deixou ainda o alerta para o facto de as cirurgias serem gratuitas, tendo apelado à denúncia de tentativas de extorsão.

"Todo o processo é gratuito. Não têm de pagar rigorosamente nada. Portanto, se houver alguma tentativa, às vezes aparecem pessoas que querem extorquir dinheiro aos utentes, nós queremos que a nossa população, os nossos utentes, prontamente denunciem estas situações", disse a ministra, citada pela Rádio Nacional de Angola (RNA).

Além disso, outra das preocupações do sector prende-se com o facto de existir um grande número de doentes que precisam de cirurgia e que chegam às unidades hospitalares em estado grave.

"Preocupa-nos é a complexidade dos casos obstétricos e ginecológicos que têm aparecido. Miomas gigantes, tumores gigantes, portanto pessoas que estão em sofrimento ou que não sabem, na sua maior parte são mulheres muito jovens", disse a ministra.

"A outra grande questão de fundo é o problema das fístulas obstétricas, há um estigma muito grande (...). A outra grande questão são os doentes com colostomia. As colostomias, em média, não podem ficar mais do que três meses onde aplicável, mas nós fomos vendo doentes que estão com colostomias um, dois, três, quatro, cinco mais anos até, que não sabiam que as colostomias tinham que ser encerradas", acrescentou, citada pela RNA.

A ministra considerou igualmente que "há necessidade de se falar mais das doenças" e que na estratégia de comunicação vão "mobilizar" os profissionais, "que já estão bem mobilizados, para falarem sobre estas doenças e ajudarem a educar a população".

As pessoas quando não sentem dor, não aparecem "e às vezes a doença é muito grave, são pessoas jovens e às vezes a sua fertilidade fica comprometida. Temos que comunicar mais em relação a estas doenças que é um grande desafio", completou Sílvia Lutucuta, citada pela RNA.

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