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Centro de Acolhimento apela à colaboração de professores portugueses

O Centro de Acolhimento João Bosco dos Santos – Centro Mbembua apelou à criação de um destacamento de professores madeirenses para colaborar com o projecto, indicou o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira.

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"A instituição, da província de Cuando-Cubando, dá apoio a cerca de 40 rapazes, com idades compreendidas entre os seis anos e os 24 anos, a maioria destas crianças e jovens foi abandonada pelas famílias", refere o gabinete de José Manuel Rodrigues, em comunicado.

O presidente do parlamento regional esteve reunido, no Funchal, com Zélia Pinto, religiosa madeirense que trabalha do Centro Mbembua desde 2009, que lhe transmitiu a intenção de "ver concretizado um acordo de destacamento de professores para aquele país africano".

"É uma missão que a Congregação Franciscana de Nossa Senhora das Vitórias integrou na sua obra de benfazer, em 2015", explicou Zélia Pinto, citada no comunicado, adiantando existirem "muitas crianças fora do sistema de ensino", bem como "dificuldades de uma educação integral" e de uma "didática adequada para que em menos tempo se possa aprender o que é necessário".

A religiosa gostaria, por isso, de ver consagrada a possibilidade de um destacamento de professores madeirenses, que pretendam associar-se ao projeto, ajudando a formar "pessoas livres, responsáveis e amantes do bem comum".

"É com dor que vejo fechar escolas aqui, na região, e no lugar onde eu estou há muitas crianças que não têm acesso ao sistema de ensino, e a partilha, aqui, será uma mais-valia", reforçou.

Zélia Pinto disse ainda apoiar o voluntariado, mas sublinhou ser preferível um "destacamento de pessoas com perfil, porque as exigências são grandes e é preciso ter um equilíbrio emocional forte".

Outro dos sectores que o Centro Mbembua quer desenvolver é a agricultura, pois a instituição dispõe de "grande área de terreno", pelo que a religiosa apelou também a "parcerias" no sector agrícola.

Zélia Pinto, que é natural de Machico, zona leste da Madeira, realçou igualmente que as áreas do ensino, da agricultura e do turismo são as menos desenvolvidas naquela região do sul.

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