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Admissão de novos professores em Luanda condicionada pelos mais de 1500 que recebiam salários sem trabalhar

A ministra da Educação, Luísa Grilo, informou que a admissão de novos professores em Luanda está dependente da resolução do problema dos mais de 1500 professores que recebiam salários sem estarem a leccionar.

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"Considerando que existiam em Luanda 1531 professores que auferiam os seus salários na educação, mas que não leccionavam o que nos foi recomendado, com toda a certeza, é que primeiro devemos resolver o problema dos que não estão a leccionar e ganham como professores, ocupando essas vagas, e depois teríamos então oportunidade de pôr os novos professores", esclareceu.

A ministra, citada pela Rádio Nacional de Angola (RNA), reforçou ainda que "não se pode abrir novas candidaturas quando há pessoas que não estão a trabalhar e que estão a auferir salários".

As declarações foram proferidas no final de uma reunião com a governadora de Luanda, Ana Paula de Carvalho. No encontro, foi abordado o estado das escolas, a insuficiência de quadros, o concurso público para ingresso na educação, a distribuição de manuais, a vacinação de crianças e também a higiene e biossegurança.

De acordo com uma nota disponibilizada no Facebook do Governo Provincial de Luanda (GPL), Luísa Grilo informou que a capital possui a maior população estudantil e, por isso, "consta das prioridades do Executivo, referindo, por exemplo, o caso das escolas privadas que leccionam os cursos de Saúde à margem da lei", tendo ainda referido que "a degradação das escolas, por todo o país, é igualmente prioridade do Ministério da Educação".

A titular da pasta da Educação reconheceu ainda que Luanda precisa de, pelo menos, 16 mil professores. Contudo, de acordo com "as quotas orçamentais do Ministério das Finanças, este ano só poderão ingressar 250".

Sobre o concurso público de acesso e ingresso no sector, Luísa Grilo disse ser "normal que muitos candidatos fiquem de fora, mesmo que estes tenham tido boas notas".

"Vamos priorizar os que tiverem melhores notas, porque estão disponíveis apenas 250 vagas conforme foi anunciado", completou.

Já Narciso Benedito, director do Gabinete Provincial da Educação, também citado na nota do GPL, indicou que as 250 vagas disponíveis "estão divididas em duas categorias, nomeadamente sexto grau e décimo terceiro grau".

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