Válter Barros, presidente do Conselho de Administração (PCA) de Recredit, explicou que o objectivo planeado do valor a recuperar no ano passado se fixava nos 19,8 milhões de kwanzas, sublinhando que este acabou por ser superado.
No entanto, em declarações ao Expansão, informou que cerca de 71 por cento do crédito malparado recuperado deriva foram pagos com activos imobiliários.
Feitas as contas, apenas 6,2 mil milhões de kwanzas foram recuperados em dinheiro.
Também fez saber que os imóveis já estão a ser registados em nome do Estado para serem vendidos.
"Temos consciência que o nosso papel é entregar dinheiro ao Tesouro e já estamos na fase de registo destes imóveis em nome do Estado para depois colocá-los no mercado e assim monetizarmos estes activos", esclareceu.
Disse ainda ao Expansão, que os imóveis foram avaliados por um perito registado na Comissão do Mercado de Capitais, com o intuito de estes serem orçados a um valor justo.
Duas carteiras de crédito malparado do BPC, somando 1,2 biliões de kwanzas em créditos de cobrança duvidosa, foram adquiridas pela Recredit.
Encontram-se neste momento em tribunal 11 processos que somam um total de 167,4 mil milhões de kwanzas. Em contencioso estão 276,8 mil milhões de kwanzas, que poderão vir a ser disputados em tribunal caso não se alcance um acordo.
