Segundo o Jornal de Angola, a Comissão Sindical da fábrica está a executar, desde a passada Sexta-feira, um processo de prova de vida. Também se espera, que até ao final do próximo mês, o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) avance com outros processos ligados aos salários em atraso.
Estes processos dão alguma esperança aos antigos 435 funcionários da empresa, que entre 2000 e 2020, não receberam o seu vencimento salarial.
Rogério Alfredo Cabral, primeiro secretário da Comissão Sindical do ex-funcionários da fábrica, citado pelo Jornal de Angola, admitiu que o processo de pagamento tem sido complicado de se vencer: "É uma batalha que os antigos trabalhadores da única fábrica têxtil na zona centro e sul de Angola têm vindo a travar, depois de duas vigílias, sendo uma a 10 de Dezembro de 2020 e outra a 10 de Fevereiro de 2021. Por isso mesmo, esperam também serem indemnizados devido aos atrasos de salários e garantias de reformas", indicou.
O responsável considerou que se forem tomadas as medidas acima descritas as reivindicações dos ex-funcionários "serão ultrapassadas".
No dia 10, o IGAPE e o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) sentaram-se à mesa para negociar, disse, completando que assim que for ultrapassada "a dívida que o empregador ou Estado tem para com a Segurança Social (...) as pensões de reformas serão também já solucionadas".
O responsável também fez saber que caso o gestor da fábrica pretenda contratar os antigos funcionários, estes estão disponíveis a voltar.
"Estaremos disponíveis para voltarmos ao trabalho", disse, explicando que os antigos trabalhadores desejam que a nova gestão da África Têxtil ofereça o primeiro emprego a um filho de cada ex-funcionário, como sinal de gratidão pelo trabalho prestado.