Ver Angola

Saúde

Sílvia Lutucuta apresenta ‘nova’ Junta de Saúde. Governo assume despesas dos mais vulneráveis

Foi esta Terça-feira, em entrevista à televisão pública, que a ministra da Saúde avançou novos dados sobre a reformulação da Junta Nacional de Saúde.

:

Sílvia Lutucuta adiantou que o Executivo irá assumir, na sua totalidade, as despesas necessárias para o tratamento fora de portas de doentes mais vulneráveis. No entanto, todos aqueles que não se enquadrem nesta categoria terão de comparticipar nos custos com os serviços.

"Tivemos pessoas mal intencionadas que se aproveitaram da situação. Depois de uma avaliação, viu-se que muitos se aproveitaram e permaneceram mais de 10 anos fora do país, sem necessidades, às expensas da Junta Médica", apontou a titular da pasta da Saúde.

Segundo dados recentemente avançados pelo Governo, o país tinha 245 pacientes e 130 acompanhantes às expensas da Junta Médica Nacional em Portugal. Soube-se ainda que, cada paciente, custa em média cerca de cinco milhões de kwanzas anuais aos cofres do Estado. Nas últimas décadas foram tratados em Portugal 9360 pacientes, tendo sido ainda suportados os custos com 5250 acompanhantes.

A ministra enfatizou, no entanto, a necessidade de manutenção das funções da Junta Médica, ainda que noutros moldes de funcionamento.

Porém, com a evolução da medicina no país, a Lutucuta justificou o regresso de doentes transplantados, tendo em conta a formação de especialistas na área de nefrologia. Avançou que estão em tratamento em Portugal 20 angolanos que poderão regressar assim que este for concluído.

No que diz respeito aos tratamentos de hemodiálise – também estes feitos até aqui em outros países – a ministra referiu que o Estado chamou a si esta responsabilidade, construindo centros especializados em Luanda, Benguela, Bié, Huíla e Moxico. Está ainda previsto um próximo centro para a província de Cabinda.

Após esta reestruturação, para ter acesso à Junta Médica será necessária uma avaliação prévia dos doentes por especialistas angolanos e também das unidades sanitárias portuguesas para as quais serão enviados para tratamento.

Relacionado

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.