O estudo, feito a 600 inquiridos de várias partes, tinha como objectivo compreender o interesse e as exigências dos investidores para com África.
António Henriques da Silva, presidente da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), reconheceu que o país ainda tem de superar um grande número de fragilidades, mas admitiu que estas conclusões devem servir como um impulsionador para melhorar a governação e o ambiente de negócios, atraindo assim mais investimento e recursos.
O responsável, citado pelo Jornal de Angola, considerou que as infra-estruturas actuais do país ainda estão longe do esperado e podem vir a ser consideradas como um obstáculo para o investimento, mas sublinhou que o potencial dos recursos naturais deve ser explorado em proveito do país.
António Henriques da Silva, que falava durante o webinar "Zona de Comércio Livre de África e Corporate Governance", aproveitou ainda para explicar que o país foi dividido em quatro zonas de investimento diferentes para chamar a atenção de quem governa para as diferenças que ainda existem internamente e que condicionam o desenvolvimento.
Já Naiole Cohen, professora universitária, que também participou no webinar, assinalou os indicadores de "boa" governação do país, admitindo que este é um factor essencial para atrair investimento.
A advogada Emanuela Vunge, que também esteve presente no evento, admitiu que ainda é preciso compreender que a criação de um bom ambiente governação não é uma tarefa exclusiva do Governo, desafiando os gestores a concretizar alguns objectivos que melhorem o ambiente de negócios.