O actor angolano marcará presença no festival para apresentar o seu projecto "Tellas", a primeira plataforma de streaming da África lusófona. Este é um serviço similar ao da Netflix ou HBO, que possui uma variedade de conteúdos originais obtidos exclusivamente para a plataforma. Os subscritores têm à disposição filmes, séries, podcasts, curtas-metragens, documentários, stand-up comedy, etc.
Criada há cinco anos e em funcionamento há três, a aposta do angolano no digital atingiu já os 30 mil subscritores. O preço pela subscrição ronda os 1000 kwanzas ou três dólares mensais.
Em declarações à Angop a partir de Lisboa, onde reside, o actor afirmou que a 'Berlinale' é um evento que permite mostrar o cinema feito em cada país ao mundo. Afirmou que a expectativa é "grande", assumindo como missão apresentar dados do que se faz no audiovisual no país e formas de investir no cinema angolano.
"A partir do momento em que começarmos a promover os nossos filmes no grande mercado mundial, podemos conseguir pessoas interessadas em fazer disso um negócio corrente. A expectativa é alta em poder mostrar o que se faz em Angola, provar a qualidade do nosso produto para que se possa distribuir e comercializar pelo mundo inteiro", afirmou.
Sílvio Nascimento vai poder contar com a companhia de outros colegas de profissão da África lusófona como Samira Cruz e Lata Sousa, numa moderação de Coréon Dú. Para o actor, que referiu que esta é a primeira vez que o evento se abre a estes países, a participação de Angola significa a possibilidade da atracção de investimento para o mercado do cinema nacional.
A edição de 2021 do Festival de Cinema de Berlim decorre em duas fases, devido à pandemia de covid-19, estando marcado para os dias de 1 a 5 de Março e 9 a 20 de Junho.