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BCP fez em Portugal provisão de 16,6 milhões de euros sobre operação em Angola

O BCP registou, em Portugal, uma provisão de 16,6 milhões de euros sobre a sua participação de 22,73 por cento no Banco Millennium Angola (BMA) devido às incertezas do contexto local, disse o presidente executivo Miguel Maya.

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"Temos uma participação do BCP de 22,73 por cento, e o que nós fizemos foi, perspectivando aquilo que é a realidade do banco e o enquadramento macroeconómico de Angola e os desafios que Angola tem pela frente, foi um entendimento de que deveríamos fazer aqui uma provisão, que fizemos em Portugal", referiu Miguel Maya na conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2020 do BCP (lucro de 183 mihões de euros).

O gestor salientou que esta provisão "não reflecte nenhum resultado negativo do BMA", que registou lucros equivalentes a 32,1 milhões de euros, de acordo com as regras contabilísticas utilizadas.

No entanto, a contribuição da operação em Angola, de acordo com os resultados do BCP divulgados esta Quinta-feira, foi de -7,2 milhões de euros, precisamente devido à provisão registada em Portugal.

No relatório enviado pelo BCP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), pode ler-se que nas contas do banco incluem-se "imparidades, no montante de 16,6 milhões de euros, para o investimento na participação no Banco Millennium Atlântico (incluindo o goodwill), destinadas a fazer face aos riscos inerentes ao contexto em que operação angolana desenvolve a sua actividade".

O contributo registado pela operação angolana foi de -7,2 milhões de euros é inferior aos 1,6 milhões de euros positivos registados em 2019.

Quanto a Moçambique, o presidente executivo do BCP disse que se registou um "desempenho muito bom", com uma contribuição de 66,8 milhões de euros (menos que os 87,7 milhões de 2019), com "um modelo de 'franchise' muito correcto, assente em banca de relação, de proximidade e presença em todas as províncias e uma belíssima relação com os clientes".

No entanto, o contributo do BCI foi "naturalmente afectado pela redução da actividade económcia, que foi significante em todas as geografias", com uma "forte desvalorização do metical e também uma redução relevante ao nível das taxas de juro".

O BCP registou lucros de 183 milhões de euros (ME) em 2020, uma diminuição de 39, por cento, face aos 302 milhões de 2019, e registou 841 milhões em imparidades provisões, foi divulgado.

Na conferência de imprensa de apresentação de resultados do banco, o presidente executivo, Miguel Maya, afirmou que "o ano de 2020 foi extremamente complexo, pleno de ambigudades e incertezas".

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