De acordo com o director do programa de operações de emergência da OMS em África, Michel Yao, citado pela Associated Press, Angola faz parte de um grupo de países de prioridade máxima, dado os voos directos da China ou com visitantes deste país, onde milhares de pessoas têm sido afectadas.
Além de Angola, África do Sul, Argélia, Costa do Marfim, Etiópia, Gana, Maurícias, Nigéria, República Democrática do Congo (RDCongo), Quénia, Tanzânia, Uganda e Zâmbia fazem parte desta lista, que Yao refere serem "países com sistemas de saúde mais fracos, que estão mal preparados para lidar" com o novo coronavírus.
Segundo o responsável da OMS, a entrada do novo vírus em África "pode arrebatar os sistemas de saúde" neste continente.
Michel Yao acrescentou que, durante os próximos dias, pelo menos 20 países vão receber o reagente necessário para testar as amostras de possíveis casos infectados com o vírus.
O director do programa de operações de emergência da OMS em África defendeu ainda as medidas de precaução num momento em que surtos de Ébola e sarampo afectam a RDCongo.
"Se se verifica que é um vírus suave, está tudo bem. Se for perigoso e deixares que dizime pessoas, então falhaste à saúde pública", referiu Yao.
A China elevou para 213 mortos e quase 10 mil infectados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus detectado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).