O movimento, lançado na sede do parlamento, refere que as drogas afectam "grande parte da sociedade angolana" e que estão na base da "desestruturação familiar" e de "vários crimes hediondos" que o país regista, apontando a necessidade de se inverter o quadro.
Segundo as suas promotoras, o Movimento Nacional de Prevenção e Combate ao Uso de Drogas, que conta com 52 membros fundadores, propõe-se criar um movimento nacional para educação, sensibilização, redução e combate ao consumo de drogas lícitas e ilícitas.
Trabalhar para a diminuição da toxico-dependência, mitigando as suas consequências, é também um dos propósitos das mulheres parlamentares de Angola, que apontam para a necessidade de se actualizar o acervo legislativo contra o uso de drogas.
Além de contribuir com acções preventivas para redução da incidência dos casos relacionados ao uso e abuso de drogas, as deputadas angolanas garantem também fornecer orientação legal de todos os diplomas vigentes que versam sobre as drogas no contexto jurídico angolano e internacional.
Uniformizar uma resposta eficaz sobre o diagnóstico, tratamento, reabilitação e re-inserção socio-familiar dos toxico-dependentes constam igualmente dos objectivos específicos do movimento agora lançado.
Com um horizonte de vigência que se estende até 2022, em fase inicial, o Movimento Nacional de Prevenção e Combate ao Uso de Drogas idealizou já 54 acções que serão implementadas em instituições escolares, universidades, igrejas, entre outras, referem as promotoras.
Departamentos ministeriais, o Instituto Nacional de Luta conta às Drogas, associações profissionais, igrejas, organizações não governamentais, e outros atores da sociedade civil constituem o leque de parceiros do movimento, acrescentam.
Grupos de trabalho sobre a prevenção, terapêutica, ação social, grupo jurídico e de comunicação e marketing constituem o organograma do movimento, cujas ações pelo interior de Angola serão coordenadas pelos deputados dos círculos provinciais.