Com um investimento que ronda os oito milhões de dólares, espera-se que a unidade industrial entre em funcionamento em Janeiro do próximo ano, empregando pelo menos cem jovens. Numa primeira fase, a produção será focada nas luvas de látex, prevendo depois ser alargada a seringas, máscaras cirúrgicas, ligaduras, adesivos e batas hospitalares.
“Angola será pioneira em África neste projecto, que vai gerar novos postos de emprego e arrecadar receitas para os cofres do Estado, com a exportação destes materiais”, salientou o administrador, Fernando Costa.
Prevê-se que cerca de 40 a 50 por cento da produção sejam destinados à exportação, desde que esta possa ser realizada com custos competitivos.
O responsável explicou ainda que, depois da estrutura ter sido erguida em Julho de 2019, a montagem de equipamentos está agora “bastante avançada”. Ao Jornal de Angola, adiantou que decorre neste momento a afinação das tubagens de alimentação das caldeiras, aguardando-se a chegada do material para automatização da linha de produção, que virá da China. A fábrica deverá depois entrar em período de teste, previsto entre os meses de Agosto e Dezembro.
O processo está neste momento atrasado entre dois a três meses tendo em conta o surto de coronavirus que atingiu a China, causando o encerramento de empresas fornecedoras de material.
Outro dos constrangimentos apresentados pela direcção da empresa prende-se com o Importo de Valor Acrescentado (IVA), em vigor desde Outubro. De acordo com o responsável, este novo regime fiscal tem vindo a sobrecarregar os custos sobre a importação de matérias-primas.
O látex é a principal matéria-prima, sendo que a produção de luvas deste tipo é feita ainda com outros 16 produtos químicos, que são importados da Malásia, Indonésia e Tailândia.
Archer Mangueira, ex-ministro das Finanças e agora governador da província do Namibe, visitou a unidade industrial, recebendo explicações adicionais sobre o projecto e a sua importância para a economia local e nacional.