Cui Aimin, em fim de missão em Angola, falava à imprensa, em Luanda, no final de uma audiência com o presidente da Assembleia Nacional, Fernando Dias dos Santos Piedade, tendo salientado o aumento da intensidade das relações bilaterais.
Segundo o diplomata chinês, a cooperação bilateral tem-se elevado a cada dia, o mesmo sucedendo no nível parlamentar, com contactos frequentes entre os dois parlamentos, com a tendência a caminhar para o sector da agricultura, diversificando as apostas no petróleo.
O embaixador chinês realçou que Angola é o principal parceiro económico do país asiático no continente africano, mas que, porém, as trocas comerciais são ainda dominadas pelo petróleo, quadro que pretendem alterar nos próximos tempos.
De acordo com Cui Aimin, o objectivo é que as trocas comerciais sejam centradas nos produtos agrícolas. "Vamos expandir o comércio para outras mercadorias, como por exemplo a farinha de mandioca, sumos tropicais e outros produtos minerais, além do petróleo", frisou.
Por outro lado, Cui Aimin salientou que os governos dos dois países têm abordado frequentemente a questão sobre a aceitação mútua das suas moedas nacionais nas trocas comerciais bilaterais.
"Mas ainda precisamos de algum tempo para chegar a um acordo operacional do género", disse o diplomata chinês sobre o assunto.
Em 2015, o Governo havia anunciado o alcance de um acordo entre os dois países para o uso recíproco das moedas nacionais, o kwanza, e chinesa, o renmimbi, nas transações sem o recurso a uma terceira moeda, mas que ainda não foi concretizado.