Trata-se da terceira emissão do género do Tesouro angolano, que nas operações anteriores permitiu angariar 1500 milhões de dólares em 2015 e 3.500 milhões de dólares em 2018.
Segundo o PAE 2019, preparado pelo Ministério das Finanças e que contém os planos de endividamento do Governo angolano para este ano, durante o segundo trimestre está prevista uma nova emissão de eurobonds, com a qual o Estado prevê angariar 622.200 milhões de kwanzas (2000 milhões de dólares).
Globalmente, o plano prevê a emissão de dívida pública, interna e externa, no valor de 3,862 biliões de kwanzas.
No mercado externo, além da emissão de ‘eurobonds’, o Governo prevê ainda garantir 1,373 biliões (milhões de milhões) de kwanzas através de linhas de crédito.
Em 2019, o serviço da dívida de Angola - amortizações, juros e comissões - que envolve bilhetes e obrigações do Tesouro em moeda nacional e estrangeira, vai ascender, segundo o PAE, a 5,206 biliões (milhões de milhões) de kwanzas.
Na primeira emissão de ‘eurobonds’, em 2015, Angola colocou 1500 milhões de dólares, com uma maturidade de dez anos.
Já a emissão de abril de 2018 foi feita em duas parcelas, a primeira das quais com maturidade de dez anos e com um valor nominal de 1750 milhões de dólares, emitida com uma taxa de juro do cupão fixada em 8,25 por cento.
A segunda parcela, com maturidade de 30 anos e com um valor nominal de 1250 milhões de dólares, foi emitida com uma taxa de juro do cupão fixada em 9,375 por cento.
Três meses depois, o Governo angolano avançou com a reabertura daquela emissão, dada a forte procura que existiu, garantindo mais 500 milhões de dólares.