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Casa de Angola em Lisboa vai rever estatutos e convocar eleições

A Casa de Angola, criada em Lisboa em 1971 e há oito anos com uma comissão de gestão, vai rever os estatutos e convocar uma assembleia-geral para eleger novos dirigentes, disse à Lusa Vitor Ramalho, da comissão de reestruturação.

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A decisão foi tomada numa reunião da comissão criada em 2018 a pedido do cônsul-geral de Angola em Portugal, Narciso do Espírito Santo Júnior, para "reestruturar os estatutos e para criar outros novos", tendo em conta que "os actuais são muito antigos e são factor de dificuldades”, explicou à Lusa Vitor Ramalho, membro da antiga direção da instituição e ex-deputado do Partido Socialista português.

A Associação Casa de Angola em Lisboa foi constituída em 1971, por um grupo de jovens nascidos em Angola mas a viverem e estudarem em Portugal.

Segundo Vítor Ramalho, após a revisão dos estatutos da associação será convocada uma assembleia-geral para eleição dos novos corpos sociais, processo que aguardava por desfecho desde 2011.

As últimas eleições para a direcção da Casa de Angola ocorreram em 2011 e desde então para cá a instituição tem sido "salvaguardada, em termos da gestão corrente, por pessoas bem intencionadas", recordou Vitor Ramalho, natural de Angola e que é também presidente da UCCLA - União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa.

O processo tem sido acompanhado diretamente pelo consulado-geral de Angola em Lisboa, que na Segunda-feira se reuniu com a comissão que gere atualmente a Casa de Angola.

Vitor Ramalho acrescentou que foi convidado para a comissão de reestruturação por ter sido "muitos anos" dirigente da Casa de Angola e que aceitou por considerar "muito importante" a presença da comunidade angolana em Portugal, desde logo através daquela associação. Defendeu ainda que em Portugal "existem personalidades de referência" que "têm de ser integrados" na Casa de Angola para que "as relações futuras com Portugal fluam de outra maneira". 

A Lusa tentou contactar o gabinete do cônsul e do vice-cônsul de Angola em Lisboa, sobre a reestruturação da Casa de Angola, mas tal não foi possível até ao momento.

Contudo, segundo informação colocada na página de Internet do consulado-geral de Angola em Lisboa pode ler-se que o cônsul, Narciso do Espírito Santo Júnior, visitou, a 4 de Julho de 2018, as instalações da Casa de Angola, no âmbito das comemorações do aniversário da instituição.

Narciso do Espírito Santo Júnior foi recebido “pelos membros da comissão de gestão da Casa de Angola de Lisboa”, Zeferino Boal (coordenador) e Márcia Dias (diretora das actividades culturais). 

Durante a visita, o cônsul-geral de Angola em Lisboa felicitou os membros da comissão de gestão pelo trabalho que a instituição vem desenvolvendo ao longo de quatro décadas "em prol do desenvolvimento, promoção e valorização da cultura angolana", defendendo “a necessidade do reforço da cooperação com a Casa de Angola”.

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