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Empresas portuguesas já apoiaram promoção da língua com 300 mil euros

Desde 2017, várias empresas portuguesas apoiaram iniciativas de promoção da língua e cultura no estrangeiro em cerca de 300 mil euros no âmbito do programa Empresa Promotora da Língua Portuguesa (EPLP), revelou o presidente do instituto Camões.

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"O programa existe desde 2017 e já tivemos apoio das empresas num valor aproximado de 300 mil euros. É um valor significativo e ajuda-nos bastante nas nossas atividades de promoção da língua e da cultura", disse Luís Faro Ramos. 

O presidente do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua falava aos jornalistas, em Lisboa, no final de uma sessão pública em que foi assinado um acordo com o grupo empresarial Domingos Silva Teixeira (dst), que se tornou na 13.ª empresa a aderir à iniciativa lançada em 2017.

"Estamos a começar este ano da melhor maneira, a estabelecer uma parceria com a empresa dst, que percebe como poucas o valor da cultura na economia e tem a ver com Angola, um país com o qual Portugal está a atingir um nível de relacionamento excelente", disse.

A dst irá apoiar a biblioteca do Centro Cultural Português de Luanda com a oferta de livros e a criação de uma sala de leitura num valor estimado de mais de 30 mil euros ao longo de três anos.

"Temos neste momento 13 e esperamos que mais empresas se juntem" na obtenção do estatuto de Empresa Promotora da Língua Portuguesa (EPLP), adiantou.

As actividades apoiadas no âmbito deste estatuto são "bastantes diversificados", segundo Luís Faro Ramos, mas têm tido especial incidência nos países africanos de língua portuguesa e em Timor-Leste, mas também na América Latina, no Canadá, nos Estados Unidos, na África do Sul ou na Austrália.

"Não há região nenhuma do mundo onde não cheguemos através destes apoios [que] complementam a rede que já existe e em que o Camões atua na promoção da cultura e da língua. Não se substitui, complementa e permite-nos fazer mais algumas ações que sem esta contribuição financeira não seriam possíveis", disse.

A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Teresa Ribeiro, que também esteve presente na cerimónia, considerou a adesão de mais uma empresa "uma etapa importante" na concretização do objecctivo de "associar as empresas e os seus processos de internacionalização aos esforços da política pública de crescente expansão da língua portuguesa".

A responsável governamental disse ainda estar em estudo a possibilidade de alargamento deste apoio empresarial a outras áreas sobre tutela do instituto Camões, nomeadamente a cooperação para o desenvolvimento.

"Queremos olhar para isso. [Para] a possibilidade de aperfeiçoarmos este instrumento e estendê-lo a outras áreas da governação em que o Camões está envolvido, a cooperação é uma delas e poderá ser incluída nessa possibilidade de revisão futura do estatuto da EPLP", disse.

O estatuto de EPLP foi criado em 2017 e prevê a atribuição desta classificação a qualquer empresa, mediante uma contribuição financeira destinada à promoção da língua portuguesa.

Oferta de bolsas de estudos, apoio à actividade de cátedras e leitorados portugueses no estrangeiro ou apoio a centros culturais e bibliotecas são algumas das modalidades possíveis, podendo o valor da contribuição variar entre os 6 mil e os 50 mil euros.

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