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Sonangol pagou em 2018 ao Estado quase 1600 milhões em impostos

A petrolífera Sonangol pagou em 2018, ao Estado, 1572 milhões de dólares em impostos, obtendo um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) provisório de 3211 milhões de dólares.

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Os números foram avançados pelo presidente do conselho de administração da Sonangol, Carlos Saturnino, numa conferência de imprensa destinada a assinalar o 43.º aniversário da petrolífera, em que salientou que, do total pago ao Estado, 1002 milhões de dólares são de impostos petrolíferos e os restantes 570 milhões de dólares são gerais.

Por outro lado, entre 2017 e 2018, os proveitos operacionais da Sonangol subiram dois por cento, de 17.488 milhões para 17.763 milhões de dólares.

No mesmo período, a dívida financeira total reduziu-se 11 por cento, passando de 4990 milhões para 4462 milhões de dólares, baixando-se também o serviço da dívida em 42 por cento, de 2468 milhões para 1476 milhões de dólares.

Por outro lado, Carlos Saturnino destacou que a Sonangol conseguiu concluir vários processos negociais, que permitiram poupar 1403 milhões de dólares, ultrapassando divergências com parceiros como a Cobalt (na extracção de petróleo nos blocos 20 e 21), DSME (navios sonda), Odebrecht (construção da refinaria do Lobito, em Benguela) e KCAD (Sonangol Pesquisa e Produção).

O presidente do conselho de administração da Sonangol realçou também que, em 2018, a petrolífera assinou acordos com a BP e ENI, contratos de serviços de risco com a Total, memorandos de entendimento com a Equinor (ex-Statoil), ExxonMobil Corporation e mais dois com a BP, para revitalizar a produção de crude em Angola.

Os acordos com a ENI, indicou, vão garantir a manutenção e optimizar a refinaria de Luanda, tendo aberto concursos públicos para a selecção de empresas com vista à construção das refinarias em Cabinda (Norte) e Lobito (Sul), com o negociado com a BP a assegurar o investimento no campo Platina, no Bloco 18, e no projecto Grande Plutónio, no mesmo bloco, podendo a Sonangol deter uma participação de oito por cento.

Segundo Carlos Saturnino, há ainda a registar o retomar das operações no Iraque, onde, ao fazê-lo, a Sonangol acabou por poupar 250 milhões de dólares em multas por o campo estar parado.

Em termos de produção de petróleo bruto, a Sonangol aumentou em cinco por cento o número de barris/dia, passando dos 226 mil para 237 mil, enquanto a produção em Angola foi de uma média de 1478 barris/dia, menos nove por cento do que em 2017, quando se atingiu uma média de 1632 barris/dia.

No sector do gás, houve uma redução de um por cento na produção, passando de 1370 toneladas métricas em 2017 para 1352 toneladas métricas em 2018, percentagem inferior aos dois por cento que o país registou no seu todo (de 5598 toneladas métricas em 2017 para 5479 toneladas métricas em 2018).

Perspectivando o futuro, Carlos Saturnino salientou que a Sonangol pretende atingir uma produção diária de petróleo de 340 mil barris/dia até 2022, ano em que espera estar concluída a refinaria de Cabinda, enquanto a do Lobito só deverá estar operacional em 2026.

Já para 2019, o administrador da Sonangol quer assegurar a operacionalização dos dois navios sonda adquiridos recentemente à Coreia do Sul, perfurar seis poços de pesquisa, garantir o início de projectos para sustentar o fornecimento de gás ao Angola LNG e começar os trabalhos de implementação do Centro de Investigação e Tecnologia da empresa.

A empresa, prosseguiu, vai também avaliar e alienar negócios não nucleares e tentar assegurar uma operacionalidade de 95 por cento na rede de postos de abastecimentos da Sonangol.

Até 2021, a empresa pretende eliminar por completo a armazenagem flutuante de produtos refinados, com a construção do Terminal Oceânico da Barra do Dande e aumentar a quantidade de gasolina - "poderá quadruplicar", segundo Carlos Saturnino -, mediante a instalação de uma unidade de "Platforming".

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