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Congo e Angola analisam reforço da cooperação na exploração conjunta de petróleo

A República do Congo e Angola estão a analisar em Brazzaville questões relacionadas com o reforço da cooperação petrolífera entre os dois países, sobretudo a exploração de petróleo na zona conjunta do Lianzi.

Kostadin Luchansky:

De acordo com a agência noticiosa Angop, as discussões, no quadro do novo paradigma de diplomacia económica, estão a ser efectuadas pelo embaixador de Angola em Brazzaville, Vicente Muanda, que tem analisado a questão do reforço da cooperação petrolífera com o ministro dos Hidrocarbonetos congolês, Jean Marc Thystere Tchicaya.

Nos encontros, as duas partes têm analisado sobretudo o estado da Comissão de Unitização do Lianzi, partilhada por Angola e República do Congo, através do órgão interestatal constituído por quadros dos dois países, que desenvolve o processo de exploração de petróleo e gás na fronteira marítima comum.

Tanto o diplomata angolano como o governante congolês admitiram que está em curso um "acordo exemplar", com o envolvimento pessoal dos chefes de Estado, sobretudo pela forma como os dois países partilham o recurso petrolífero na zona transfronteiriça do Lianzi (Bloco 14, em Angola, e Alto Mar, na República do Congo).

A produção no campo do Lianzi resulta de um acordo assinado entre Angola e a República do Congo em 2002, com o objectivo de uma exploração conjunta das estruturas geológicas transfronteiriças.

O campo foi descoberto em 2004 e inclui um sistema de produção sob o fundo do mar e um outro de linha de fluxo com 27 milhas.

Actualmente, o projecto da Comissão de Unitização do Lianzi tem uma produção estimada em 36 mil barris de petróleo/dia, repartida em 50 por cento para cada país.

Os ministros dos Petróleos de Angola e dos Hidrocarbonetos da República do Congo, os presidentes dos conselhos de administração da Sonangol e da Empresa Nacional dos Petróleos congolesa (SNPC) são membros desse órgão interestatal de gestão, que tem uma presidência rotativa com a duração de um ano.

A estrutura técnica é constituída por quadros dos dois países, cuja coordenação também é rotativa e com a duração de um ano. Existe ainda um secretariado executivo com sede em Ponta Negra (República do Congo).

O ministro dos Hidrocarbonetos congolês assumiu a presidência em exercício da Comissão de Unitização do Lianzi por um período de um ano, durante a 30.ª reunião do órgão interestatal, realizada a 2 de Agosto de 2018, em Brazzaville.

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