A informação consta do resumo dos resultados individuais, não auditados, referentes ao exercício de 2017, disponibilizado à Lusa pelo BFA e que, entre outros indicadores, refere que a margem financeira do banco registou um crescimento de 59,6 por cento, enquanto as comissões líquidas aumentaram 39,5 por cento e o produto bancário (conjunto de todas as receitas) 34,6 por cento.
A instituição acrescenta que no final de 2017 o crédito vencido tinha um peso de 6,3 por cento do total do crédito concedido a clientes, embora sem quantificar valores. A cobertura de crédito vencido por provisões ascende a 144,3 por cento, sublinha o BFA, que reconhece igualmente que a carteira de crédito a clientes reduziu-se em 17,2 por cento durante o último ano.
Desde Janeiro de 2017 controlado pela operadora de telecomunicações Unitel, com uma participação de 51,9 por cento, o banco atingiu ainda os 1.742.703 clientes no final do ano, um aumento de 11 por cento face ao mesmo período de 2016.
O BFA mantém-se entre os maiores bancos angolanos e viu o número de cartões multicaixa aumentar 20 por cento para 1.342.194 cartões no final de 2017, "o que corresponde a uma quota de mercado de 23 por cento", entre mais de 25 instituições financeiras em operação no país.
A mesma informação refere que os custos de operação do BFA aumentaram 7,9 por cento e que o rácio de transformação de depósitos em crédito (rácio entre poupanças captadas e crédito concedido) situou-se em 20,2 por cento.
O Rácio de Solvabilidade Regulamentar (RSR) do BFA, corresponde à relação entre os fundos próprios e o valor do património exposto aos riscos inerentes às operações de crédito, situou-se no final de 2017 nos 43,4 por cento. "Significativamente acima do limite mínimo de 10 por cento exigido pelo Banco Nacional de Angola", recorda a instituição.
