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Construção da refinaria do Lobito é retomada após visita de João Lourenço

O Presidente visitou esta Segunda-feira o terreno que receberá a nova refinaria do Lobito, em Benguela, acto que marca o reinício da obra de construção, suspensa em 2016 pela administração da Sonangol.

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A visita de João Lourenço insere-se na primeira reunião do conselho de governação local, que o chefe de Estado realiza esta Segunda-feira na província de Benguela, reunindo vários ministros e os 18 governadores provinciais.

O projecto da refinaria do Lobito prevê o processamento diário de cerca de 200 mil barris de crude, criando 10 mil postos de trabalho directos e indirectos.

Fica localizada no morro da Quileva, a 10 quilómetros da cidade do Lobito, numa área de 3805 hectares, num investimento inicialmente estimado em 10.000 milhões de dólares.

Em Novembro, o Presidente avisou a nova administração da Sonangol para a necessidade de construir uma refinaria no país, para reduzir as importações de combustíveis, depois da suspensão do projecto para o Lobito.

Embora sem se referir directamente à construção de uma refinaria no Lobito, projecto estatal que a Sonangol suspendeu depois da entrada de Isabel dos Santos para a petrolífera, em Junho de 2016, o chefe de Estado afirmou que "tão logo quanto o possível" o país deve "poder contar com uma ou mais refinarias".

"Não faz sentido que um país produtor de petróleo, com os níveis de produção que tem hoje e que teve no passado, continue a viver quase que exclusivamente da importação dos produtos refinados", apontou.

Além do projecto do Lobito, a consulta lançada, entretanto, pela Sonangol permitiu receber mais de 60 propostas, de investidores de vários países, para a construção de refinarias em Angola.

Para João Lourenço, as possibilidades de construção de refinarias pelo Estado ou em parceria com privados "devem ficar em aberto".

"O que pretendemos é que o país tenha refinaria, ou refinarias, para que a actual fase que vivemos, de importação de derivados do petróleo, seja atirada para o passado. Eu sei que é possível e que podemos no próximo ano, em 2018, se trabalharem bem e rápido, dar pelo menos início à construção de uma refinaria para Angola", exortou, anteriormente, o chefe de Estado.

Actualmente, a Sonangol mantém em operação a refinaria de Luanda, com 62 anos de actividade e uma capacidade nominal instalada de 65.000 barris por dia.

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