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Banca e Seguros

Estado gasta mais de 600 milhões para aumento de capital em três bancos públicos

O Governo vai emitir dívida pública para aumento de capital do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), elevando a cerca de 610 milhões de dólares o montante a colocar em operações do género a favor de três bancos estatais.

João Relvas:

Este montante resulta de cálculos feitos pela Lusa com base em três decretos presidenciais autorizando, este mês, outras tantas emissões especiais de Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional para efeitos de aumento de capital dos bancos.

No caso do BDA, o decreto assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, autoriza a emissão de dívida pública no valor de 27.440 milhões de kwanzas "como aumento de capital", desta forma "potencializando os rácios prudenciais do banco e possibilitando assim a expansão das suas actividades" de concessão de crédito.

Emissões idênticas foram autorizadas para os também estatais Banco de Comércio e Indústria (BCI), no valor de 12.000 milhões de kwanzas e para o Banco de Poupança e Crédito, no montante de 67.500 milhões de kwanzas.

Estas três emissões de dívida pública ascendem a 106.940 milhões de kwanzas e o prazo de reembolso pelo Estado chega aos 24 anos, com taxas de juro de 5 por cento ao ano.

As dificuldades no BPC são consideradas as mais preocupantes, por se tratar do maior banco nacional e que há cerca de um ano apresentava uma carteira de crédito vencido superior a mil milhões de euros, tendo o Ministério das Finanças anunciado que seria alvo de um processo de reestruturação e saneamento.

"O banco vive um momento muito particular da sua história. Queremos sanear e reestruturar o BPC. Vamos fazê-lo para que o banco sirva convenientemente o Estado, seu único accionista", disse em Outubro passado o ministro das Finanças, Archer Mangueira.

Na mesma altura, foi empossada uma nova administração no banco estatal, que passou a ser liderado por Cristina Florência Dias Van-Dúnem, que até Maio foi vice-governadora do Banco Nacional de Angola, sendo agora presidente do conselho de administração e administradora não executiva da instituição.

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