O assunto foi dado a conhecer pelo director provincial da Agricultura e Pescas no Huambo, Andrade Baú, numa reunião operativa do Governo provincial para análise dos principais problemas naquela região.
Andrade Baú referiu que a estiagem já se verifica há cerca de 45 dias e está a afectar as colheitas deste ano, sobretudo de milho e feijão, os principais produtos da dieta alimentar da população local.
No final do encontro, o vice-governador para o sector político e social, Guilherme Tuluca, porta-voz das reuniões operativas, apontou a necessidade de se realizarem estudos profundos sobre o fenómeno, ouvindo-se mais as administrações municipais, considerando a estiagem severa.
Segundo Guilherme Tuluca, faltam ainda dois meses de chuvas, havendo ainda esperança que se revertam os estragos causados pela estiagem até à data.
"Vamos trabalhar e cruzar as informações com as administrações municipais de forma que haja alguma orientação na solução das preocupações identificadas até ao momento, para garantir segurança alimentar às comunidades", disse o responsável, citado pelo Jornal de Angola.
No município de Ekunha, onde estava prevista a colheita de cerca de 52 mil toneladas de batata rena, registaram-se estragos consideráveis devido a estiagem igualmente às culturas de milho e feijão essencialmente, de acordo com o administrador municipal, Emitério Tiago.
Acrescentou que têm orientado os camponeses a praticarem o cultivo junto de rios, além de optarem por culturas resistentes à seca como a batata-doce e mandioca.