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“Independência”: memórias da luta colonial agora em DVD

A Praça da Independência impõe-se como o cenário perfeito para, no próximo dia 20 de Fevereiro, o documentário com o mesmo nome ser lançado oficialmente em DVD. As mais de 600 memórias da luta colonial angolana estarão assim, a partir do próximo Sábado à venda em todo o país.

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O documentário “Independência” é resultado do Projecto da ATD “Angola – Nos Trilhos da Independência” e uma produção da Associação Tchiweka de Documentação e da produtora audiovisual Geração 80. O projecto arrancou em 2010 e recolheu, de forma abrangente, memórias de cerca de 600 intervenientes directos ou indirectos na luta pela independência, nacionais e estrangeiros. Recolheu também imagens de vários locais históricos, dentro e fora de Angola. Dessa actividade de seis anos resultaram mais de 1000 horas de entrevistas em vídeo, abrindo a possibilidade para a realização de vários outros trabalhos.

De acordo com um comunicado remetido ao VerAngola, o documentário foi visto pelos seus produtores como uma “obrigação de devolver à sociedade angolana um pouco do que dela recebemos” produzindo algo para o presente, principalmente para as gerações nascidas depois de 1975, que não conheceram o sistema colonial e pouco sabem do passado.

“Independência”, um filme feito por angolanos, apresenta uma outra imagem da resposta ao domínio colonial e da luta de libertação nacional vista por quem nela participou. “Como a maior parte das pessoas da minha geração, eu tinha um desconhecimento profundo do nosso passado. Comecei a querer conhecer melhor as pessoas e as ideias daqueles que lutaram pela independência do nosso país”, refere o realizador do Independência, Mário Bastos. “Trabalhar seis anos no projecto ‘Angola - Nos Trilhos da Independência’, com acesso ao Centro de Documentação da Associação Tchiweka, foi essencial para conseguir fazer este documentário. Concluído o filme, espero que ele consiga criar diálogo entre as gerações que participaram na luta e as que nasceram depois de 1975. Está na hora de olharmos para o passado com os pés bem assentes no presente, e reflectirmos sobre onde estamos e o que somos, como país, 40 anos depois da nossa Independência”.   

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