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Privados vão produzir e fornecer electricidade no enclave de Cabinda

O Governo vai contratar a privados, em regime de concessão por 25 anos, a construção e operação de uma central termoeléctrica em Cabinda, face ao previsível aumento das necessidades de electricidade, de 90 MegaWatts (MW), no enclave.

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A informação consta de um decreto assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, com data de Fevereiro e ao qual a Lusa teve acesso, sendo a contratação justificada no texto do documento com a "entrada em funcionamento" em Cabinda de "projectos estruturantes de prioridade nacional".

É o caso do Polo de Desenvolvimento Industrial do Fútila e do novo porto do Caio, previstos para este ano, "que devem trazer o acréscimo de 90MW no consumo médio de energia", o que motiva a "imperiosidade de um aumento da capacidade de produção e oferta de energia eléctrica" a Cabinda.

Para o efeito, o Presidente autorizou o Ministério da Energia e Águas a contratar a empresa Vavita Power, num projecto de concessão por 25 anos para construção, operação e instalação em Cabinda de uma central termoeléctrica com capacidade para produzir 100MW.

De igual forma, é aprovado com este decreto o contrato de aquisição de energia a partir daquela central termoeléctrica, durante o período de funcionamento da mesma, a ser celebrado entre o grupo privado e empresa pública Rede Nacional de Transporte, mas sem avançar os valores envolvidos no projecto.

O Governo realizou em 2015 um investimento de emergência de 164 milhões de dólares para reforço da potência eléctrica na central termoeléctrica que abastece a província de Cabinda em mais de 100MW. Envolveu então o fornecimento e montagem de uma turbina móvel GE TM 2500 de 25 MW e de duas turbinas GE 6B, para garantir 75MW.

As duas das principais cidades daquele enclave, Cabinda e Lândana, registavam na altura restrições no abastecimento de electricidade, depois de a última turbina em funcionamento na Central Térmica de Malembo, inaugurada em 2012, ter sofrido uma avaria. Neste cenário, o fornecimento de electricidade estava a ser assegurado apenas pela Central Térmica de Chibodo, com uma capacidade instalada de produção que ronda os 30MW, cerca de um terço das necessidades.

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