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Um só bloco no ‘offshore’ soma mais de um terço das receitas petrolíferas

Um único bloco de produção de petróleo no 'offshore' angolano garantiu mais de um terço de todas as receitas fiscais do país com a exportação de crude em 2015, segundo dados do Ministério das Finanças compilados pela Lusa.

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Em causa está a actividade no bloco 17, operado pela francesa Total e que inclui vários campos e poços em águas profundas, que se traduziu em 253.954.912 barris de petróleo exportados. Este volume de exportação rendeu aos cofres angolanos 583,7 mil milhões de kwanzas em 2015.

Estes números reflectem um aumento de produção, face a 2014, de 41.957.906 de barris, mas uma quebra nas receitas. É que em todo o ano de 2014, a exportação do bloco 17 rendeu em receitas fiscais para o Estado angolano 1,025 biliões de kwanzas, de acordo com dados do Ministério das Finanças compilados pela Lusa.

Relativamente às 14 concessões contabilizadas em 2015, o bloco 17 correspondeu a um terço das receitas fiscais petrolíferas angolanas.

A quantidade total de petróleo bruto exportado por Angola aumentou de 599.111.030 barris, em 2014, para 645.104.720, em 2015. Contudo, devido à crise da cotação no mercado internacional, em todo o ano, entre impostos ordinários e lucros da concessionária nacional, a exportação petrolífera rendeu 1,4 biliões de kwanzas, contra os 2,8 biliões de kwanzas de 2014.

Na origem deste desempenho está o projecto CLOV (Cravo, Lírio, Orquídea e Violeta), do bloco 17, no 'offshore' angolano, a norte de Luanda, que está a impulsionar a produção de petróleo em Angola, que tem a meta de ultrapassar os 1,8 milhões de barris de crude por dia.

Estes quatro campos de petróleo resultaram da exploração de 34 poços submarinos para extrair e processar simultaneamente dois tipos diferentes de crude, a profundidades de água entre os 1100 e 1400 metros, segundo informação da própria Total.

A Total é responsável por 40 por cento da produção de petróleo de Angola e prevê investir 10 mil milhões de dólares na actividade no país até 2018, anunciou, a 3 de Julho último, em Luanda, o director-geral da multinacional francesa, Patrick Pouyanné.

Na ocasião, durante a visita de Estado que o Presidente francês, François Hollande, realizou à capital angolana, o administrador anunciou que Angola já representa 12 por cento de toda a actividade da Total e que a petrolífera bateu em Junho o pico de produção no país, atingindo os 700 mil barris de crude por dia.

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