Segundo Francisco de Lemos José Maria, que falava em Luanda na conferência de imprensa anual de apresentação de resultados da Sonangol, em causa estão novas concessões nas bacias do Congo e do Namibe, em ambos os casos em águas profundas. Paralelamente, a Sonangol prevê também concluir este ano a licitação de dez blocos nas bacias terrestres do Congo e do Cuanza, lançada em 2014, disse ainda o administrador.
A Sonangol mantém o objectivo, assumido pelo Governo, de atingir uma média de produção nacional de petróleo bruto e de gás "equivalente a dois milhões de barris por dia", mas o administrador não avançou datas concretas. "É sustentar esta meta no futuro, através de um crescimento médio da produção petrolífera em 4 por cento ao ano", apontou.
Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana e o Governo angolano prevê atingir este ano os 1,83 milhões de barris produzidos diariamente. "Não haverá cortes de produção [em 2015]. Os campos que estão em produção continuarão a produzir, os projectos que estão em curso serão concluídos e entrarão em produção nas datas que estão previstas", disse ainda Francisco de Lemos José Maria, garantindo que a produção petrolífera angolana vai aumentar em 2015 e 2016.
De acordo com os números apresentados esta quinta-feira pela Sonangol, a produção de petróleo em Angola diminuiu 2,6 por cento em 2014, face ao ano anterior, para 1,671 milhões de barris por dia, e os lucros líquidos da concessionária pública caíram 77 por cento, para 710 milhões de dólares.