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Agente da polícia reencontra família 17 anos depois em momento marcado por abraços e lágrimas de alegria

A agente da Polícia Nacional de Angola (PNA) Teresa Alfredo teve um reencontro emotivo com a sua família. Marcado por abraços adiados e muitas lágrimas, o reencontro aconteceu 17 anos depois de a agente ter desaparecido.

: Facebook Polícia Nacional de Angola
Facebook Polícia Nacional de Angola  

Teresa Alfredo tinha apenas oito anos quando desapareceu, tendo sido encontrada por polícias que a fizeram chegar até um lar, que foi a sua casa durante mais de uma década. Agora, com 26 anos, a menina que se tornou mulher e polícia voltou a reencontrar a sua mãe e familiares.

Segundo um comunicado da Polícia Nacional, a que o VerAngola teve acesso, o reencontro aconteceu no passado dia 30 de Dezembro, na esquadra do Neves Bendinha, onde a agente se encontra colocada.

"O reencontro foi marcado por momentos de alegria, satisfação e emoção entre mãe e filha, que quebraram uma barreira de 17 anos de frustrações e desespero, que culminou com abraços adiados e muitas lágrimas de alegria no interior da esquadra do Neves Bendinha do Comando Municipal de Luanda, onde a história vivida parecia mais ficção do que realidade", lê-se na nota.

Desaparecida da sua família, depois de se ver "perdida em circunstâncias estranhas", Teresa Alfredo cresceu no Lar de Acolhimento Horizonte Azul, para onde foi levada depois de ter sido recolhida da rua.

"A protagonista da história, que viveu no bairro Sambizanga, município de Luanda, de onde desapareceu quando tinha apenas oito anos, contou que entrou na corporação após uma visita ao centro de uma delegação do Ministério do Interior, chefiada pelo ministro cessante, que atendeu ao pedido da actual agente da PNA, no âmbito da responsabilidade social do Ministério", refere o comunicado.

A agente contou que na altura em que desapareceu foi encontrada por polícias que a "trataram muito bem".

Hoje diz ser polícia e acreditar que está cá para "cuidar, encaminhar e acompanhar crianças desaparecidas".

"Quando desapareci, fui encontrada por polícias que me trataram muito bem e me acolheram até chegar ao lar, que durante 17 anos, foi o meu super lar, hoje sou polícia e sinto que Deus me colocou aqui para cuidar, encaminhar e acompanhar crianças desaparecidas, muito obrigada a todos que tudo fizeram para me proporcionar o melhor presente de natal e ano novo que eu podia ter", revelou, citada na nota.

Por sua vez, Cristina André, mãe da agente, deixou uma palavra de agradecimento ao "acolhimento e educação que o lar proporcionou" à sua filha, bem como ao Ministério do Interior, "que tudo fez para tornar o encontro possível e TV Girassol por também ajudar a tornar pública a história".

O reencontro foi testemunhado pelo porta-voz do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, Superintendente-Chefe Nestor Goubel, que, na ocasião, disse ter sido "satisfatório para a corporação devolver o sorriso a uma família".

"A polícia tem enorme prazer em participar de forma activa na vida dos cidadãos e dos seus efectivos em particular", disse.

Já a presidente da Comissão de Direcção da Associação Horizonte Azul, Maria Esperança Pires dos Santos "Mãe Teresa" referiu que "o centro que dirige existe há mais de 24 anos e já formou mais de 300 crianças e definiu o momento como cumprimento de mais uma missão", lê-se na nota.

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