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Pólo de rochas ornamentais começa a ser construído no Namibe e cria 400 empregos

A construção do pólo de desenvolvimento de rochas ornamentais na província do Namibe arrancou, esta Terça-feira, com o lançamento da primeira pedra. Coube ao secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Corrêa Victor, acompanhado pelo governador provincial, Archer Mangueira, lançar a primeira pedra para a construção deste pólo, que irá criar aproximadamente 400 empregos.

: Facebook Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola
Facebook Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola  

A empreitada está a cargo da empresa Telhabel e, segundo um comunicado do governo provincial do Namibe, a que o VerAngola teve acesso, a implementação do pólo tem como objectivo "fomentar a economia local, valorizar os recursos naturais e atrair mais investidores do sector mineiro ao Namibe, bem como garantir o desenvolvimento regional integrado".

O governo provincial adianta que a estrutura vai ser construída "de raiz no município do Saco-mar pela empresa Telhabel, numa área de aproximadamente 100 hectares".

"A unidade industrial que vai gerar 400 postos de emprego, vai contar com um centro de valorização de rochas ornamentais, que permitirá a avaliação e certificação tecnológica dos recursos minerais; centro de formação para qualificar os jovens e dotá-los das competências necessárias para responder às exigências da indústria; uma clínica especializada no tratamento de doenças profissionais, garantindo melhores condições de saúde e segurança para os trabalhadores; e um porto seco que vai facilitar a movimentação eficiente dos produtos e insumos", lê-se no comunicado.

Na ocasião, Archer Mangueira referiu que o projecto evidenciará "o potencial geológico e mineiro do Namibe, beneficiando a conectividade proporcionada pelo Corredor Sul, que inclui o Caminho-de-Ferro de Moçâmedes, o Porto Marítimo do Namibe, o Porto Mineiro do Sacomar e a Estrada Nacional EN280".

Citado na nota, o governador do Namibe disse igualmente que o "conjunto de vias estratégicas garante uma ligação eficiente entre a produção mineira às unidades industriais e os mercados de exportação, reforçando a posição do Namibe como um polo logístico e económico de referência no sul de Angola".

Por sua vez, o secretário de Estado referiu que o projecto está inserido no Plano de Desenvolvimento Nacional (2023–2027).

"Esta iniciativa reflecte a nossa determinação em promover o desenvolvimento sustentável e valorizar os recursos minerais do nosso país", disse Jânio Corrêa Victor, citado num comunicado do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, a que o VerAngola teve acesso.

Segundo o secretário de Estado, o projecto proporcionará "benefícios significativos para o país, contribuindo para o crescimento económico da região e para melhoria da qualidade de vida dos cidadãos".

De acordo com a tutela, este projecto é uma iniciativa do ministério, tendo em vista "concentrar num único espaço empresas com foco neste segmento, que irá oferecer uma infra-estrutura que reduzirá os custos dos investidores neste negócio em Angola".

"O pólo será um local onde serão criadas as condições de serviços e logísticas para as empresas que actuam no sector minério, mediante a construção de fábricas de transformação de rochas ornamentais e disponibilização de estruturas de apoio, como o centro de valorização deste produto, um centro de formação para preparação de mão-de-obra, porto seco, entre outros serviços", disse ainda o secretário de Estado, citado pela Angop.

Segundo a Angop, o pólo, que tem um prazo de execução de dois anos e sete meses, obrigará a um investimento estatal de cerca de 1,6 milhões de dólares.

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