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Angola quer agência de facilitação de transportes a operar em 60 dias

O ministro dos Transportes quer que a Agência de Facilitação do Transporte de Trânsito do Corredor do Lobito inicie, nos próximos 60 dias, as operações para potenciar os transportes entre Angola, Zâmbia e Republica Democrática do Congo.

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Ricardo de Abreu assinou esta Sexta-feira, no Lobito (província de Benguela),​​​​​​​ com os seus homólogos da Zâmbia e da República Democrática do Congo (RDCongo), o acordo da Agência de Facilitação do Transporte de Trânsito do Corredor do Lobito (LCTTFA, na sigla em inglês), realçando que será um órgão de suporte a toda a actividade que vai desenvolver-se ao longo do corredor do Lobito, integrando equipas técnicas dos três países.

"O momento é de acção, mais do que palavras e acordos, como os dois chefes de Estado de Angola e da Zâmbia referiram recentemente, vamos agora é começar a trabalhar", disse o ministro em declarações à TPA.

Segundo o ministro, o acordo é fundamental para consolidar ainda mais o que foi o trabalho desenvolvido nos últimos anos de dinamização do corredor do Lobito, com os projectos de reforço de equipamento e meios circulantes para a província e o Caminho de Ferro de Benguela (CFB), bem como do processo que deu origem à concessão do corredor do Lobito.

O governante sublinhou que o acordo é muito importante para os três países, por se tratar do "corredor mais eficaz do ponto de vista do transporte de cargas e passageiros para esta região e para esses mesmos países".

"Facilitando o transporte quer de minérios, quer de outros produtos, de dentro para fora, no sentido descendente, mas também possibilitando o transporte de mercadorias, equipamentos e outras necessidades que estas populações dos nossos países vizinhos hoje têm", destacou.

De acordo com o ministro dos Transportes, a sede da agência de facilitação será no Lobito, decorrendo as ações para que os órgãos de governação, secretariado executivo e todas as equipas técnicas possam ser formalizadas e começarem a trabalhar para garantir o apoio à concessão.

"As equipas técnicas do consórcio já estão aqui no Lobito a trabalhar com o CFB e o porto de Lobito. É um trabalho de mobilização complexo, porque há determinado tipo de operações que não vão deixar de estar sob responsabilidade do CFB e há aqui trabalho de mobilização e de integração de equipas, pessoas, equipamentos, alguns investimentos que precisamos fazer, estamos a contar que nos próximos 60 dias efetivamente tenhamos aqui já a entidade a operar com tranquilidade e garantir o potenciar desse corredor", afirmou.

O corredor do Lobito estende-se desde o porto do Lobito, banhado pelo oceano Atlântico, e atravessa Angola de oeste a este, passando pelas províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico, abrangendo as áreas de mineração da província congolesa de Catanga e Copperbelt, da Zâmbia.

O consórcio Atlantic Railway formado pela Trafigura, Vecturis e Mota-Engil, é responsável pela operação, exploração e manutenção do transporte ferroviário de mercadorias e logística, por um período de 30 anos, prorrogável por mais 50, caso opte por construir o ramal ferroviário de Luacano, província do Moxico–Jimbe, na Zâmbia.

A linha férrea que liga o Lobito ao Luau é a maior de Angola, com uma extensão total de 1290 quilómetros e liga o porto do Lobito, na costa atlântica, à povoação fronteiriça de Luau, Moxico.

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