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Maioria dos angolanos diz que nunca se justifica violência contra mulheres

Quase sete em cada dez angolanos consideram que nunca se justifica o uso de "força física para disciplinar a mulher", enquanto quase dois terços (62 por cento) defendem que as autoridades devem abordar a violência de género, segundo uma sondagem da Afrobarometer.

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A sondagem da Afrobarometer, realizada entre 9 de Fevereiro e 8 de Março de 2022, com entrevista a 1200 angolanos adultos, indica que 62 por cento das pessoas consideram que a violência contra a mulher é um fenómeno "muito comum" e outras 35 por cento "pouco comum" de ocorrer nas suas comunidades.

De acordo com a pesquisa, 69 por cento dos cidadãos consideram que "nunca é justificável" o homem "usar força física para disciplinar a sua mulher" - nos termos usados na sondagem -, sendo que dois em cada dez afirmam que "às vezes é justificável" (20 por cento), enquanto (9 por cento) disseram que é "sempre justificável".

A Violência Baseada no Género (VBG) lidera a lista de questões de direitos das mulheres, sendo que 62 por cento dos angolanos considera este um tema a ser abordado pelas autoridades e a sociedade. A rejeição da VBG é maior entre os mais escolarizados (83 por cento), os residentes urbanos (76 por cento) e as mulheres (73 por cento), detalha a pesquisa.

"Cerca de metade (49 por cento) dos angolanos consideraram 'um pouco provável' ou 'muito provável' que uma mulher que denuncie VBG seja criticada, assediada ou envergonhada por membros da comunidade", revela a sondagem.

A pesquisa adianta ainda que a maioria (59 por cento) dos cidadãos acredita ser plausível a polícia levar a sério as denúncias de casos de VBG, enquanto dois terços (67 por cento) dos angolanos entendem que a violência doméstica é um assunto de matéria criminal, mais do que um assunto de fórum privado para ser resolvido em família.

A Afrobarometer é uma rede de pesquisa pan-africana e apartidária, que fornece dados confiáveis sobre experiências africanas e avaliações de democracia, governança e qualidade de vida, sendo a equipa em Angola liderada pela Ovilongwa – Estudos de Opinião Pública.

A margem de erro de é de mais ou menos três pontos percentuais e um nível de confiança de 95 por cento. A pesquisa anterior em Angola foi realizada em 2019.

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