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PR lamenta degradação das infra-estruturas desportivas. FAF responsabiliza gestores

O Presidente da República, João Lourenço, manifestou-se, no Sábado, triste pelo estado avançado de degradação das principais infra-estruturas desportivas, com realce para os estádios de futebol. Já o vice-presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF), José Carlos Miguel, disse que o estado de degradação das infra-estruturas é resultado da incompetência dos gestores.

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O chefe de Estado, que reagiu, em Luanda, por ocasião da tomada de posse dos membros do Conselho Económico e Social, solicitou ajuda para que se encontrem soluções.

"Não deve ser o Estado a gerir as infra-estruturas, no entanto, espero que nos ajudem a encontrar as melhores soluções para invertermos o quadro. Precisamos de ideias para ver se saímos da situação em que nos encontramos hoje", disse.

João Lourenço lembrou que, apesar do mau estado de conservação de grande parte das infra-estruturas desportivas, os atletas têm conquistado várias medalhas e taças, em distintas modalidades, em competições internacionais, por se entregarem de "corpo e alma".

O Presidente admitiu, ainda, que do ponto de vista de condições de treino em Angola, o desporto não está bem.

Os estádios 11 de Novembro, em Luanda, Tundavala, na província de Huíla, o do Chiazi, na província de Cabinda e o estádio de Ombaka, em Benguela, construídos de raiz em 2010, por ocasião da disputa da CAN de 2010, são os que mais preocupam João Lourenço, devido ao seu estado de degradação.

FAF responsabiliza gestores por degradação

Por sua vez, o vice-presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF), José Carlos Miguel, disse, no Sábado, que o estado de degradação das infra-estruturas desportivas, notado pelo Presidente, João Lourenço, é resultado da incompetência dos gestores.

Em declarações à Lusa, o dirigente disse não ter dúvida de que o quadro actual fragiliza o desporto angolano e o país.

"É uma verdade inquestionável. Em rigor, as nossas infra-estruturas desportivas estão voltadas ao abandono, em consequência de uma verdadeira e incompetente má gestão e que deixa o país numa situação verdadeiramente má", assumiu.

O vice-presidente da FAF defendeu ainda a necessidade de se mudar os critérios de gestão, que, na sua visão, passam por dar a responsabilidade a quem esteja vocacionado para o efeito, por via de concurso público.

"É preciso entregar a gestão a quem esteja verdadeiramente vocacionado para o efeito, pois não é o Estado quem tem esta vocação. Basta olharmos para o estádio 11 de Novembro, como é que está o estádio do Tafe, da Tundavala, de Ombaka, como está o estádio dos Coqueiros, como estão os pavilhões multiusos espalhados pelo país? Temos que parar imediatamente, de maneira urgente, reflectir, fazer concurso público para quem, realmente, está vocacionado para gerir infra-estruturas desportivas", disse.

Assim sendo, José Carlos Miguel defendeu, igualmente, a responsabilização aos gestores que incorrerem em má gestão do património público angolano.

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