Na ocasião, Pitta Grós mencionou a existência de uma enorme discrepância de verbas entre os tribunais e a PGR, evidenciando que, enquanto os juízes apenas actuam nos tribunais, os magistrados do Ministério Público (MP) actuam em vários domínios – tais como o Serviço de Investigação Criminal, Serviço de Migração e Estrangeiros, Serviço Penitenciário.
"A PGR tem mais magistrados do que os tribunais, isto significa que necessita de mais dinheiro", salientou Hélder Pitta Grós, citado pela Angop.
Assim, acrescentou, com os tribunais a possuírem um orçamento maior que o da PGR, leva a que os seus trabalhadores disponham de outros benefícios que o MP não consegue dispor por causa dos pequenos recursos, escreve a Angop.
"O que poderá acontecer, ao certo, é que daqui a pouco os magistrados do MP comecem a trabalhar menos e, depois, quem tem mais regalias não vai trabalhar porque os processos não vão chegar a eles", advertiu o responsável, citado pela Angop.
Pitta Grós considerou ainda que com poucos recursos será "muito difícil" continuarem "a fazer uma prestação que a população espera" do órgão "e que já se habituou".