O convite foi realizado durante um encontro com a ministra dos Negócios Estrangeiros do Senegal, Aissata Taal Sall.
De acordo com uma nota do Governo, disponibilizada no seu Facebook, no final do encontro, a ministra senegalesa considerou que o convite feito por João Lourenço "é um passo importante para o aprofundamento e melhoramento da cooperação que se pretende construir a partir de agora".
Aproveitou ainda a ocasião para referir que a embaixada de Angola no Senegal já funciona, "pelo que pretendem fazer o mesmo no solo angolano".
Aissata Taal Sall disse ainda que durante a reunião, João Lourenço recordou que existe um atraso de 46 anos na cooperação entre ambos os países "que os obriga a correr para recuperarem o tempo perdido".
Por essa razão, os dois países rubricaram "quatro instrumentos jurídicos para o relançamento da cooperação bilateral, estando em preparação mais acordos em outros domínios".
A governante senegalesa também mostrou o interesse do seu país em colher a experiência de Angola no ramo da exploração de petróleo: "Angola já explora o seu petróleo há décadas. Por isso, nós estamos mais interessados em aprender com Angola, a forma como faz para explorar o seu petróleo, mas também o que Angola fez de mal neste âmbito, para nós evitarmos", indicou.
Também considerou que Angola e Senegal desempenham um papel importante para o desenvolvimento do continente africano, principalmente na região da África Austral e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), "onde cada um faz parte e tem capacidade para impulsionar a reintegração e integração de outros países nessas duas sub-regiões".
De acordo com a nota, Aissata Taal Sall é a primeira entidade do Senegal a ser recebida no Palácio Presidencial, depois de a embaixada de Angola naquele país ter aberto.