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Educação

Estudantes anunciam manifestação para Sábado devido à greve dos docentes universitários

O Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) anunciou uma manifestação para 5 de Fevereiro a favor do retorno das aulas nas universidades públicas, devido à greve dos docentes, desde 3 de Janeiro, que pode “condicionar os exames”.

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O MEA, em nota de imprensa enviada esta Segunda-feira à Lusa, recorda que a greve dos docentes "já se alastra há semanas" e até ao momento "não houve consenso" entre os grevistas, afectos ao Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (Sinpes) e o Governo.

"Estando em período de provas da 2.ª frequência e exames do I.º trimestre e que até ao momento tudo se encontra paralisado", lê-se na nota.

Segundo o movimento estudantil, a manifestação a favor do regresso das aulas nas instituições públicas do ensino superior em Angola surge "em defesa dos estudantes que continuam penalizados".
Estudantes universitários, pais e encarregados de educação, pessoas singulares e colectivas solidárias com os estudantes e demais interessados "estão convidados" a participar desta manifestação que deve percorrer a avenida Deolinda Rodrigues até ao largo 1.º de Maio, em Luanda.

Os docentes entram esta Segunda-feira para a quinta semana de greve, "por tempo indeterminado", e exigem aumento salarial e melhores condições laborais, e pedem intervenção do Presidente.

Segundo o secretário-geral do Sinpes, Eduardo Peres Alberto, a paralisação teve início a 3 de Janeiro de 2022, e surge devido ao "incumprimento do memorando" de entendimento assinado em Novembro de 2021 com a tutela, defendendo resolução urgente da situação.

"O Sinpes lamenta a falta de respostas concretas para se ultrapassar a greve dos docentes, mas toda a culpa e risco que o ano académico ocorre é da inteira responsabilidade do Ministério do Ensino Superior e do Governo", afirmou o sindicalista à Lusa.

Uma "fracassada" ronda negocial foi realizada na passada semana, na sede do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), em Luanda, "mas a ministra do sector não tinha qualquer contraposta salarial para os docentes".

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