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Rafael Marques defende fundo público para apoiar sociedade civil do país

O activista Rafael Marques sugeriu esta Quarta-feira a criação de um fundo público para apoiar organizações da sociedade civil do país, que permita ultrapassar os constrangimentos financeiros destas entidades que também contribuem para a luta anti-corrupção.

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"O Governo deve através deste processo de recuperação de activos criar um fundo nacional de apoio à sociedade civil com parte destes proventos recuperados aos que, durante anos, pilharam o país", destacou Rafael Marques, sublinhando que a sociedade civil tem dado "um grande contributo contra a corrupção", à margem da apresentação do UFOLO - Centro de Estudos para a Boa Governação.

Outra das sugestões avançadas foi o recurso a incentivos fiscais a empresas que assumam a filantropia: "Os ricos angolanos, todos aqueles que, de uma ou outra, beneficiaram dos recursos deste país têm o dever de contribuir para que tenhamos uma sociedade mais pró-activa, sairemos todos a ganhar com uma sociedade que seja capaz de defender os interesses da soberania e dos cidadãos", enfatizou.

Rafael Marques, jornalista e fundador do 'site' Maka Angola, que lançou esta Quarta-feira o UFOLO, explicou que o centro surgiu porque é necessário reforçar a capacidade de intervenção da capacidade civil.

"Sem uma sociedade civil forte, não teremos partidos políticos fortes, não teremos partidos políticos mais dedicados ao serviço público. Foram muitos anos de guerra, muitos anos de ditadura e temos de reconstruir este tecido que é o tecido da sociedade angolana", salientou.

Para Rafael Marques, "era altura de criar um centro que possa congregar a juventude, juntar ideias e gerar iniciativas" que permitam uma intervenção "mais exigente, estruturada e organizada" por parte da sociedade civil

O UFOLO estreou esta Quarta-feira com um primeiro debate público centrado no tema "Juventude em Acção".

O colóquio a decorrer em Luanda conta com a participação de 'rappers' e activistas como Luaty Beirão, MCK e Eva Rap Diva, o economista Yuri Quixina, o jurista Rui Verde, a socióloga Tânia de Carvalho, entre outras individualidades, estando em debate temas como "O Poder da Juventude", "Desemprego e políticas económicas" e "Criminalidade: causas e consequências".

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