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União Europeia apoia reformas em Angola

A União Europeia apoia as reformas económicas que estão a ser introduzida em Angola e encara África como “a grande prioridade”, disse esta Sexta-feira a directora da Comissão Europeia para a África Central e Austral e Oceano Índico.

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Francesca di Mauro que falava aos jornalistas após a assinatura de um acordo para financiar programas de cooperação em Angola no valor de 23 milhões de euros, sublinhou que a "cooperação UE-Angola é excelente e encontra-se numa fase ascendente".

África em geral, continuou "é uma grande prioridade para a União Europeia e para a nova comissão liderada por Ursula von der Leyen", estando actualmente a ser preparada uma nova estratégia para África que vai ser discutida com os países africanos.

A responsável europeia afirmou que 2020 é um ano "muito importante" para África, que conta com encontros de alto nível como a cimeira UE-União Africana no final do ano e Angola "tem um papel muito importante nesta discussão estratégica".

Através dos programas assinados nesta Sexta-feira (vocacionados para apoiar a produção agrícola e reforçar a participação da sociedade civil), a UE quer "muito claramente apoiar a agenda de reformas deste Governo", no que diz respeito às reformas económicas e diversificação da economia.

"Até agora a economia angolana foi muito focalizada no petróleo" e o crescimento inclusivo e a criação de emprego ficaram em segundo plano, pelo que "temos de mudar", vincou.

O programa de cooperação está também ligado a outra das grandes prioridades para a União Europeia, "que é também mundial": as alterações climáticas que afectam de forma particularmente negativa os países africanos.

Além das reformas económicas, a UE apoia também as reformas das finanças públicas para apoiar Angola na captação de investimento.

"Queremos apoiar Angola a atrair investidores, sejam locais ou estrangeiros, desde que respeitem a lei angolana e promovam um crescimento inclusivo", destacou Francesca di Mauro, congratulando-se igualmente com as reformas no combate à corrupção.

No que diz respeito à sociedade civil, sublinhou que faz parte da estratégia europeia apoiar estas organizações em qualquer país pela sua função de contrapeso.

Para a directora europeia, a sociedade civil deve monitorizar o governo e tem de estar capacitada para ser construtiva propondo melhorias na acção do Governo.

Este é o objectivo de um dos programas assinados que também vai preparar para as eleições autárquicas, previstas para este ano, com especial atenção à participação dos jovens e das mulheres.

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