Joffre Van-Dúnem, que falava à margem da cerimónia de cumprimentos de fim de ano, disse que estes produtos que integram a cesta básica da população tiveram o maior volume de importação, "porque, embora a produção nacional esteja a ocupar um certo espaço no consumo do país, ela ainda não é suficiente".
Segundo o ministro, a produção nacional "ainda está dispersa em alguns casos" e o sector privado ainda não a vê como uma oportunidade.
"Mas gostaria de chamar atenção ao nosso sector privado que a produção nacional, principalmente os produtos da cesta básica, é uma oportunidade, não só para o abastecimento interno das nossas populações, que poderia evitar que o país de facto pudesse reduzir as importações, mas também, porque com a nossa adesão à SADC somos uma plataforma a partir da qual se nós produzimos com excedentes podemos exportar para os países da região e para outros", afirmou.
A SADC foi criada a 17 de Outubro de 1992 e integra Angola, Moçambique, África do Sul, Botsuana, República Democrática do Congo, Essuatini (antiga Suazilândia), Lesoto, Madagáscar, Maláui, Maurícia, Namíbia, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué.
A comissão económica do Conselho de Ministros aprovou na Segunda-feira a estratégia para mitigar actos de especulação de preços na economia do país, sobretudo dos produtos da cesta básica.
O comunicado final da reunião refere que a estratégia vai contribuir para a garantia da estabilidade dos preços no mercado dos produtos incluídos no regime de preços vigiados, contribuindo assim para a estabilização do poder de compra das famílias.
Nessa sessão foi igualmente aprovado o memorando sobre a estratégia de operacionalização do Quadro Integrado, no âmbito da Organização Mundial do Comércio, que apresenta as acções já realizadas e a desenvolver no país, bem como as propostas de calendarização e orçamento.