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Banca e Seguros

Dois bancos lideram necessidade de recapitalização do sistema bancário

O sistema bancário nacional é “globalmente robusto”, mas a avaliação dos activos evidencia que o Banco de Poupança e Crédito e o Banco Económico são responsáveis pelo grosso das necessidade de recapitalização, indicou o Banco Nacional de Angola.

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Os resultados do exercício de Avaliação da Qualidade dos Activos (AQA) do sistema bancário, que visa assegurar a sua estabilidade, solidez e resiliência, feita a 13 bancos a operar em Angola, que representavam 92,8 por cento do total de activos em 31 de Dezembro de 2018, concluiu que o sistema bancário “é globalmente robusto”.

A avaliação permitiu também saber que há a necessidade de recapitalizar “um número reduzido de bancos” e que o BPC - Banco de Poupança e Crédito e o BE - Banco Económico representam cerca de 96 por cento do total das necessidades de recapitalização face aos requisitos mínimos exigidos à data de 31 de Dezembro de 2018.

Este trabalho foi conduzido pelo Banco Nacional de Angola com o apoio da consultora Deloitte & Touche – Auditores, sendo que os bancos contrataram empresas de auditoria externa independentes.

Os 13 bancos avaliados são o Banco Millennium Atlântico, Banco Angolano de Investimentos, Banco Caixa Geral Angola, Banco de Comércio e Indústria, Banco de Desenvolvimento de Angola, BE, Banco de Fomento Angola, Banco BIC, Banco de Negócios Internacional, BPC, Banco Sol, Finibanco Angola, e Banco Keve.

O Banco Nacional de Angola instruiu os bancos a "registar os ajustamentos identificados" no AQA nas demonstrações financeiras do exercício concluído em 31 de Dezembro 2019, tendo em conta a evolução dos seus activos durante 2020.

Após o fecho de contas daquele exercício financeiro, os bancos angolanos “devem avaliar as necessidades de capital adicional e assegurar o cumprimento dos limites prudenciais estabelecidos na regulamentação em vigor até 30 de Junho de 2020”, segundo a avaliação.

De acordo com o banco central, o objectivo da abrangência do AQA foi assegurado pela cobertura total média da amostra da carteira de crédito dos bancos a rondar os 67 por cento, sendo que a nível da caracterização da amostra, cerca de 81 por cento correspondeu a empresas privadas, 17 por cento ao sector público e 2 por cento a particulares.

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