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Consultora destaca 2019 como o ano determinante para ver se o país consegue virar a página

A consultora Eaglestone considerou esta Quarta-feira que este ano será determinante para se ver "se Angola consegue virar a página e voltar a crescer", depois de três anos consecutivos em que o crescimento económico foi negativo.

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"O ano de 2019 será determinante para ver se Angola consegue virar a página e voltar a crescer", escrevem os analistas da consultora Eaglestone, numa nota sobre a economia nacional, com o título 'Virar a Página'.

"Com a ajuda do programa do Fundo Monetário Internacional (FMI), as autoridades angolanas deverão continuar muito empenhadas em corrigir os actuais desequilíbrios do país", lê-se na nota enviada aos clientes, e a que a Lusa teve acesso.

A Eaglestone considera que "o Programa de Estabilização Macroeconómica tem ajudado a fortalecer as contas públicas, a baixar a inflação, a reduzir as distorções no mercado cambial e deverá ajudar a melhorar a estabilidade no sector financeiro", principalmente com as intervenções do Banco Nacional de Angola, que "deverá proceder também à revisão da qualidade dos ativos dos bancos, o que poderá levar à recapitalização dos bancos mais fracos e/ou a fusões e aquisições".

A consultora lembra que "a economia voltou a contrair pelo terceiro ano consecutivo em 2018 em resultado da forte queda na produção de petróleo e gás que reflecte a recente quebra no investimento no sector", com a inflação a beneficiar de uma política monetária restritiva, que ajudou a subida dos preços a abrandar para perto de 20 por cento, quando em 2017 o aumento foi superior a 30 por cento.

Para os próximos anos, a perspectiva de evolução da economia é mais positiva, não só pelo empenho que a consultora diz existir por parte do Governo, mas também pelo facto de Angola estar sob assistência financeira do Fundo.

"O programa do FMI deverá ajudar a economia a recuperar nos próximos três anos, prevendo-se um crescimento do PIB real de 2,5 por cento este ano e 3,2 por cento em 2020 e 2021, mais em linha com o aumento da população do país", lê-se na nota, que conclui que "uma melhoria da actividade no sector petrolífero, com novos poços a iniciarem a produção (incluindo os da Chevron, Eni e Total), deverá estimular o crescimento nos próximos anos, enquanto a implementação de reformas para melhorar o ambiente de negócios ajudará o sector não petrolífero".

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