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Fitch tira Angola da lista de países com rating em observação

A agência de notação financeira Fitch retirou Angola da lista de países cujo 'rating' está em observação, na sequência da decisão de manter a opinião sobre a qualidade do crédito em B, com Perspectiva de Evolução Estável.

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Numa nota enviada à Lusa, esta agência de notação financeira dá conta de que o país saiu da lista de entidades de crédito soberano que estão sob observação pela Fitch, uma lista que torna mais provável alterações ao 'rating', já que não dependem dos calendários previamente estipulados.

Com a decisão, anunciada no final de Dezembro, de manter o 'rating' de Angola em B, com Perspectiva de Evolução Estável, a Fitch sinaliza que não tenciona alterar a opinião sobre a qualidade do crédito soberano angolano num período que geralmente vai de 12 a 18 meses, mas que pode ser alterado pelo andamento da economia.

De acordo com o relatório da agência de notação financeira colocado no site, em Dezembro, a nota B, abaixo da recomendação de investimento, ou 'lixo', como é normalmente conhecida, "reflecte o nível diminuído de reservas orçamentais e externas, o elevado fardo da dívida pública e as frequentes revisões em baixa do PIB".

Na nota desta agência de 'rating' explica-se que estas avaliações negativas são "contrabalanceadas pelas substanciais reservas de receita em moeda externa oriundas da produção de hidrocarbonetos, a capacidade do Governo em fazer significativos ajustes orçamentais, e o recente programa com o Fundo Monetário Internacional".

A Fitch antevê que exista "mais consolidação orçamental em 2019 e 2020, através da implementação do IVA em Junho de 2019", acrescentando que "esta consolidação adicional vai ajudar a reduzir o grande nível de dívida pública e de dívida garantida pelo Estado", que os analistas da agência de rating estimam chegar a 81 por cento do PIB no final de 2018, face aos 65 por cento em 2017.

A economia de Angola, refere a agência de notação, "teve em 2018 um desempenho abaixo das expectativas, já que a produção de petróleo caiu e o Governo cortou na despesa pública", o que explica a previsão da Fitch, de recessão de 0,1 por cento em 2018 e um crescimento de 2,5 por cento este ano, motivado pelo "pequeno aumento da produção de petróleo e gás em 2019".

A agência Fitch "espera que o crescimento do PIB seja, em média, de 3 por cento a médio prazo, mas acredita que a economia nacional vai continuar a ser sustentada pela produção de hidrocarbonetos e pela despesa pública no futuro previsível, o que deixa o país vulnerável aos riscos de preços petrolíferos e, a longo prazo, a descidas nos níveis de produção".

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