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Saúde

Governo vai substituir médicos expatriados por nacionais que estejam no desemprego

O Governo prevê substituir médicos expatriados em serviço nos hospitais públicos por clínicos nacionais, tendo em conta os 1500 profissionais que estão actualmente desempregados, apesar das carências do país no sector.

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A posição foi transmitida pelo secretário de Estado da Saúde, Atílio Matias, à margem do congresso do Sindicato Nacional dos Médicos, que decorreu no Sábado, em Luanda, reconhecendo que, "entre uns mais antigos e outros mais novos", o país tem hoje médicos no desemprego, apesar do custo da formação para o Estado.

"Se começar, de forma positiva, a se reverter a necessidade de termos médicos expatriados em algumas áreas, poderemos aproveitar sim, essas vagas, para termos médicos nacionais", defendeu Atílio Matias, em declarações aos jornalistas.

Em causa estão médicos formados nas universidades nacionais, públicas, mas também no exterior, nomeadamente através de bolsas atribuídas pelo Estado.

Angola conta actualmente com 6400 médicos para uma população de cerca de 28 milhões de habitantes, número que a ministra da Saúde considerou, na passada Quinta-feira, como insuficiente, defendendo por isso uma maior aposta na formação de quadros.

Sílvia Lutukuta recordou a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo a qual, para cada 1000 habitantes exista um médico. Nessa estatística, Angola deveria ter 28.000 médicos ao serviço, quando no quadro actual existe apenas um para cerca de 4400 habitantes.

"Ainda só temos 6.000, isso significa que temos de continuar a formar, mas formar com qualidade e diferenciar os médicos nas várias áreas de saber", disse a ministra, à margem de um congresso organizado pela Ordem dos Médicos de Angola, em Luanda.

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