De acordo com informação daquela companhia, o contrato para este fornecimento foi assinado este ano e que se tudo correr normalmente este será apenas um "lote piloto" de outras encomendas por Angola.
"Este ano assinamos um grande contrato com Angola, para fornecer 10.000 toneladas de farinha e já começamos a implementá-lo", acrescentou o presidente do conselho de administração da companhia estatal Agrarian Fund, Andriy Radchenko, mas sem adiantar os valores do negócio. Aquela empresa garantiu vendas totais de 240.000 toneladas de farinha em 2016.
Angola necessita de importar anualmente mais de 560.000 toneladas de farinha de trigo. Devido à crise, os custos com a importação e posterior revenda da farinha de trigo (e outros produtos) disparou, fazendo o preço do pão mais do que duplicar nos últimos meses.
Entretanto, investidores nacionais iniciaram em 2016 um processo para instalar uma fábrica de moagem de trigo no porto de Luanda, com capacidade para o processamento diário de 1200 toneladas de farinha, num investimento de 70,3 milhões de dólares.
O projecto de investimento da Grandes Moagens de Angola (GMA) prevê ocupar uma antiga unidade industrial no porto de Luanda, e um terminal de carga, com direitos de concessão por 20 anos, criará cerca de 100 postos de trabalho e pretende reduzir as necessidades de importação de farinha.
Será a primeira fábrica do género em Angola e terá capacidade para processar diariamente 1200 toneladas de trigo, que chegam por via marítima ao porto de Luanda desde países como França, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Cazaquistão e Austrália, para depois produzir por dia 930 toneladas de farinhas para consumo humano e 260 toneladas de farelo para rações animais.
