O plano foi aprovado em reunião conjunta das comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros e visa o objectivo de tornar o planalto de Camabatela, que abrange as províncias do Cuanza Norte, Malanje e do Uíge, "auto-suficiente", até 2025, na produção de bovinos para o abate e repovoamento, conforme explicou o ministro Agricultura.
Marcos Alexandre Nhunga adiantou, em declarações aos jornalistas no final desta reunião, tratar-se de um investimento superior a 206 milhões de dólares, a realizar pelos empresários nacionais, permitindo poupar nas importações de carne para consumo, que custam anualmente mais de 350 milhões de dólares.
O sector da agricultura, segundo o Governo, importar este ano 8000 cabeças de gado bovino para confinamento e 2500 para a reprodução, no quadro do programa de repovoamento da região do país.
"Há toda a uma necessidade para se fazer um esforço para que esse planalto seja repovoado", enfatizou o governante.
Só este investimento, para o qual ainda será necessário garantir financiamento e disponibilização de divisas, pelo Estado, permitirá garantir no futuro dez mil toneladas de carne por ano, "correspondente a 60 por cento das necessidades de consumo do país", explicou Marcos Alexandre Nhunga.
O planalto de Camabatela ocupa uma área de 12 mil quilómetros quadrados e é descrito como reunindo condições climáticas propícias para o desenvolvimento agro-pecuário, nomeadamente a criação de gado.
No âmbito deste plano caberá ao executivo definir o quadro de financiamento da operação pelo sector privado, bem como criar condições para acompanhamento sanitário dos animais a importar e das infra-estruturas de apoio à assistência técnica.