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Economia

Banco Mundial situa crescimento da economia angolana nos 3,3 por cento

A economia de Angola deverá crescer este ano menos de metade da expansão registada antes da descida dos preços do petróleo, abrandando de 6,8 por cento em 2014, para 3 por cento em 2015 e 3,3 por cento este ano.

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De acordo com as "Perspectivas Económicas Globais", do Banco Mundial, divulgadas em Washington, Angola deverá acelerar ligeiramente a expansão económica este ano, passando de 3 por cento em 2015 para 3,3 por cento, este ano, o que representa um crescimento de menos de metade do período pré-crise petrolífera.

A previsão de evolução de 3,3 por cento para a economia angolana está abaixo da perspectiva para o crescimento económico na África subsariana, que o Banco Mundial prevê que acelere de 3,4 por cento em 2015 para 4,2 por cento em 2016, ainda assim abaixo dos 4,6 por cento registados em 2014.

Para o futuro, o panorama também não é risonho: "O ambiente económico global apresentar-se-á provavelmente menos favorável ao crescimento na África Subsaariana em anos futuros, à medida que uma redução nos preços das matérias-primas e condições financeiras mais constrangidas refreiam a actividade", diz o documento.

"A actividade económica na África Subsaariana abrandou para uma taxa de 3,4 por cento em 2015, abaixo dos 4,6 por cento do ano anterior, em resultado dos preços mais baixos das matérias-primas, de um abrandamento económico nos principais parceiros comerciais, graves dificuldades de infra-estruturas, instabilidade política e escassez de energia eléctrica", diz o relatório que nota que este foi "o resultado económico mais fraco da região, desde 2009".

O abrandamento do crescimento económico, afirma-se no documento, "foi mais pronunciado entre os exportadores de petróleo", nomeadamente Angola e Nigéria, os maiores exportadores da região, mas as perspectivas são moderadamente positivas, prevendo-se que "o crescimento económico na região poderá recuperar, atingindo 4,2 por cento em 2016, à medida que os preços das matérias-primas estabilizam e o fornecimento de energia eléctrica melhora em muitos países".

Sobre Angola especificamente, o relatório do Banco Mundial nota que, "prevendo-se que os preços do petróleo se manterão baixos, as receitas fiscais irão provavelmente declinar em Angola e na Nigéria, criando défices".

Em Moçambique, cuja previsão de crescimento aponta para uma ligeira aceleração de 6,3 por cento em 2015 para 6,5 por cento este ano, o Banco Mundial diz que "em alguns países exportadores de matérias-primas, prevê-se que alguns governos invistam largamente em infra-estruturas de energia e transportes, recorrendo a emissões de títulos, como no caso da Etiópia, parcerias público-privadas, como em Moçambique, Ruanda e Tanzânia, e a financiamento da China".

Entre os riscos que a região enfrenta este ano, o Banco Mundial aponta o terrorismo e sublinha que "novas baixas do preço do petróleo reduziriam o orçamento dos governos nos países produtores e, um abrandamento, mais rápido que o esperado, na China, poderia fazer subir a pressão dos preços das matérias-primas o que, por seu turno poderia atrasar investimentos planeados em sectores de recursos naturais".

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