O projecto vai receber incentivos do Estado, ao abrigo de um contrato entre os investidores e a Unidade Técnica para o Investimento Privado, de 5 de Janeiro, documento ao qual a Lusa teve acesso.
O investimento prevê a construção, no município da Quibala, de um pavilhão de 3.500 metros quadrados para instalação de equipamentos e hangares cobertos, um de 2.400 metros quadrados para estábulos, outro de 450 metros quadrados para sala de ordenha e um de 1500 metros quadrados para produzir queijo, iogurte e empacotamento de leite.
O contrato de investimento refere que a Novagrolider - do grupo Líder - "já acumulou experiência no sector da agricultura, que lhe permite o desenvolvimento de um novo negócio" e que o "exercício de transformação e produção de leite, queijo e iogurte é um contributo ao processo de crescimento económico nacional".
Com um programa de implementação de 24 meses, o projecto será alvo de uma redução de 72,5 por cento, durante dez anos, no pagamento de impostos Industrial, sobre Aplicação de Capitais e de aquisição de terrenos e imóveis.
Prevê a criação de 1200 postos de trabalho directos - incluindo uma centena de expatriados -, iniciando com 400 trabalhadores nacionais. Envolve ainda a construção de uma fábrica para a transformação de hortofrutícolas, bem como na produção de flores e processamento de carne.
A Novagrolider garante tratar-se de um projecto que vai levar à redução das importações nesta matéria - Angola só produz 11,5 por cento das suas necessidades em lacticínios -, podendo ainda servir de base a futuras exportações.
Em Maio de 2015, ao perspectivar a inauguração desta unidade ainda este ano, o administrador da Novagrolider, João Macedo, traçou o objectivo deste projecto leiteiro "cobrir cerca de 20 por cento" da necessidade de consumo do mercado nacional, com uma produção diária de 35.000 litros de leite.