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Comércio entre China e Angola cai quase 50 por cento em 2015

As trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa caíram 25,84 por cento até Novembro passado, fixando-se em 90,90 mil milhões de dólares.

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Dados dos Serviços de Alfândega da China publicados no portal do Fórum Macau indicam que, nos primeiros 11 meses do ano, a China comprou aos países de língua portuguesa bens avaliados em 57,50 mil milhões de dólares (53,37 mil milhões de euros) – menos 29 por cento – e vendeu produtos no valor de 33,39 mil milhões de dólares (30,99 mil milhões de euros), menos 19,68 por cento.

O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 66,24 mil milhões de dólares (61,47 mil milhões de euros) até Novembro, menos 17,98 por cento face a igual período de 2014.

As exportações da China para o Brasil atingiram 25,37 mil milhões de dólares (23,54 mil milhões de euros), traduzindo uma quebra de 19,98 por cento, enquanto as importações chinesas totalizaram 40,86 mil milhões de dólares (37,92 mil milhões de euros), reflectindo uma descida de 16,69 por cento em termos anuais homólogos.

Com Angola, o segundo parceiro chinês no universo da lusofonia, as trocas comerciais caíram 46,24 por cento, para 18,27 mil milhões de dólares (16,95 mil milhões de euros), entre Janeiro e Novembro de 2015.

Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 3,42 mil milhões de dólares (3,17 mil milhões de euros) – menos 33,52 por cento – e comprou mercadorias avaliadas em 14,84 mil milhões de dólares (13,77 mil milhões de euros), ou seja, menos 48,51 por cento comparativamente aos primeiros onze meses de 2014.

Já com Portugal, terceiro parceiro da China no universo de países de língua portuguesa, o comércio bilateral ascendeu a 4,01 mil milhões de dólares (3,72 mil milhões de euros) – menos 7,85 por cento –, numa balança comercial favorável a Pequim que vendeu a Lisboa bens na ordem de 2,64 mil milhões de dólares (2,45 mil milhões de euros) – menos 7,47 por cento – e comprou produtos avaliados em 1,36 mil milhões de dólares (1,26 mil milhões de euros), menos 8,56 por cento.

O comércio sino-lusófono encontra-se em rota descendente desde o início do ano, somando quebras anuais homólogas consecutivas até Novembro.

Só nesse mês, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa cifraram-se em 6,72 mil milhões de dólares (6,23 mil milhões de euros), um decréscimo de 12,71 por cento face ao mês anterior.

Desde o início do ano – e até Novembro – o valor mensal das trocas comerciais apenas superou a barreira dos 10 mil milhões de dólares uma única vez (Julho).

Os dados divulgados incluem São Tomé e Príncipe, apesar de o país manter relações diplomáticas com Taiwan e não participar directamente no Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau).

A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que reúne ao nível ministerial de três em três anos.

A próxima conferência ministerial, que será a quinta desde 2003, deve realizar-se este ano, mas ainda não há data.

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