Ver Angola

Ambiente

Governo quer sectores da água e electricidade auto-sustentáveis

O Governo angolano quer acabar com o financiamento público na área do abastecimento de água e de produção de electricidade, garantindo a autos sustentabilidade dos dois sectores, afirmou o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.

:

A posição surge numa altura em que já estão em vigor, desde 1 de Janeiro, novas tarifas em ambos os sectores, com aumentos de preços - que chegam ao dobro - e alterações nos escalões de consumo, nomeadamente nos clientes domésticos.

"Os sectores das águas e da energia eléctrica têm condições para se autos sustentarem. A estratégia a adoptar tem de assegurar que, com receitas próprias, esses setores se mantenham em funcionamento, garantam a execução de investimentos, a operação e a manutenção, sem necessidade de recurso ao Orçamento Geral do Estado", disse o ministro, citado pela imprensa local.

O Ministério da Energia e Águas conta com uma dotação orçamental de 218.422 milhões de kwanzas para investimentos públicos a realizar em 2016, de acordo com o Orçamento Geral do Estado em vigor, consultado pela Lusa.

Os vários aumentos nas tarifas de água e electricidade, de acordo com informação do Instituto Regulador do Sector Eléctrico angolano, resultam do processo de transformação do ramo que teve início em 2015, culminando com a recente aprovação da Lei Geral de Electricidade, mas salvaguardando "os clientes com menos rendimentos".

Só em obras em duas barragens - Laúca e reforço de potência em Cambambe -, para produção de electricidade e com entrada em funcionamento prevista até 2017, o Estado angolano prevê gastar mais de cinco mil milhões de euros de investimento público.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.