Esperança da Costa falava na cerimónia de abertura da 26.ª conferência regional africana da Interpol que congrega, até Quinta-feira em Luanda, dirigentes angolanos e internacionais para discutir os desafios do crime organizado e transnacional
"É urgente uma cooperação estreita para prevenir estas situações", continuou a responsável, salientando que nenhum país está isolado.
"Por isso, a cooperação regional e internacional faz-se necessária. Desta feita, todos os participantes devem considerar esta conferência regional como uma oportunidade para definir novas estratégias e aplicar as já existentes sobre os mecanismos pelos quais a Interpol pode assistir os nossos países na prevenção e combate à criminalidade organizada", apelou a governante.
Angola é membro da organização internacional de polícia, que conta actualmente com 181 países membros, desde 1982.
Para enfrentar estas ameaças, que "não conhecem fronteiras", considerou necessário reforçar a cooperação policial que permita uma resposta rápida, eficaz e maior segurança na informação, realçando que o intercâmbio de dados através da Interpol sobre os diferentes tipos de crimes que ocorrem em África, tem estado a crescer.
"Apelamos às delegações participantes deste evento, cientes de que, neste mundo globalizado e de acelerado desenvolvimento tecnológico, a criminalidade transfronteiriça não respeita limites geográficos, e constitui hoje uma das ameaças à paz e à segurança global, que só pode ser eficazmente combatida com o esforço conjunto de todas as polícias do mundo", enfatizou a vice-presidente
Esperança da Costa disse ainda que a garantia da segurança pública "constitui o primeiro extracto para uma sociedade segura e para um mundo de paz".
A paz representa um vector para o desenvolvimento nas suas múltiplas vertentes, vincou, reafirmando o engajamento de Angola na pacificação do continente africano.
"Auguramos que a Interpol ao congregar as polícias de todos países membros contribua para que o Mundo seja um lugar cada vez mais seguro, sendo esta uma responsabilidade que deve ser partilhada por todos os Estados", sublinhou.