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Movimento de Estudantes Angolanos vai fazer protestos espontâneos sobre alunos fora do ensino

presidente do Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) lamentou esta Segunda-feira que a organização tenha sido impedida de realizar uma manifestação no Sábado e prometeu continuar a fazer protestos espontâneos contra a falta de vagas no ensino nacional.

: Facebook 'Movimento de Estudantes Angolanos'
Facebook 'Movimento de Estudantes Angolanos'  

Francisco Teixeira disse que o MEA informou o governo da província de Luanda que pretendia realizar, no Sábado passado, uma manifestação “devido às constantes irregularidades no processo de inscrição nas instituições de ensino públicas”, que foi impedida pela polícia.

Segundo o presidente do MEA, a manifestação tinha como objectivo chegar ao Ministério das Finanças, passando pelo Ministério da Educação.

“Nós vamos voltar a escrever, para continuar a fazer manifestações”, disse Francisco Teixeira em declarações à Agência Lusa, realçando que o mote dos próximos protestos tem a ver com “o número excessivo de crianças fora do ensino e a falta de soluções por parte do Governo”. 

O líder da associação estudantil frisou que é preciso que “o Governo apresente soluções para essas crianças”.

“O que a gente não quer é que a ministra continue em silêncio sobre esta situação, são nove milhões de crianças e nós estamos tristes, não aceitamos que o assunto fique assim, queremos saber qual é o caminho que o Estado vai encontrar para elas”, disse.

O presidente do MEA avançou que têm algumas sugestões, nomeadamente o recurso às igrejas ou que o Estado emita certificados para as crianças que recorrem a explicações existentes nas comunidades.

“Só que eles não estão a responder às nossas propostas, então temos que pressionar. Podem não aceitar as nossas propostas, mas que encontrem outras soluções para o problema”, apelou.

Na carta enviada ao governo provincial de Luanda, o MEA sublinha que o ano lectivo 2023/2024, que agora arrancou, observou “falta de vagas, de transparência na seleção dos candidatos, nepotismo e venda de vagas”.

De acordo com a carta do MEA, regista-se “falta de condições nas salas de aulas, violações à saúde pública nos ‘WC’ e falta de merenda escolares nas classes obrigatórias por lei”.

“A constante iniciativa de alteração do aumento das propinas demonstra uma clara intenção por parte do Estado de dificultar o acesso à educação do pacato cidadão, que, por um lado, as escolas do Estado, que a cada ano que passa diminuem as vagas, e, por outro lado, as escolas privadas que a cada ano que passa, o Governo autoriza sempre o aumento das propinas, não tendo o cidadão uma outra opção a não ser abandonar o sonho de ser formado, demonstrando assim a insensibilidade de quem nos governa”, refere-se no documento.

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